A Justiça argentina autorizou nesta segunda-feira (21)
uma busca na residência do general reformado Jorge Eugenio O’Higgins. Ele é
suspeito de participar do assassinato de Bernardo Alberte, outro militar e
ex-secretário pessoal do ex-presidente Juan Domingo Perón, em 24 de março de
1976, dia do golpe que instaurou a ditadura civil-militar no país (1976-1983).
Durante a busca, realizada por funcionários da Justiça
e da Polícia Federal, foram apreendidos documentos que podem complicar a
situação de O’Higgins, que na época do crime trabalhava como chefe da
Inteligência do Exército, informou a advogada da família de Alberte, Elizabeth
Gómez Alcorta.
Alberte dormia ao lado de sua mulher no prédio em que
morava, no bairro da Recoleta. Poucos minutos depois do golpe ter sido
estabelecido, um grupo de militares, transportados por um comboio de 14
veículos, invadiu seu apartamento arrombando a porta, aos gritos, afirmando que
iriam matá-lo por vingança. Ele tentou resistir com seu revólver de uso
pessoal, mas foi dominado pelo grupo e jogado do sexto andar do prédio, morrendo
na hora.
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