• Observadores
internacionais reconhecem a vitória de Maduro. Observadores internacionais elogiaram a organização das
eleições presidenciais venezuelanas, realizadas neste domingo (14), e
defenderam o reconhecimento do resultado, que dá a vitória ao governista
Nicolás Maduro, por uma diferença de 1,6 ponto percentual.
A missão da Unasul (União das Nações Sul-Americanas),
que entregou ao CNE (Conselho Nacional Eleitoral) um relatório sobre o pleito,
defendeu a atuação da entidade. “A missão declara, tal e como defendeu desde a
sua instalação, que os resultados devem ser respeitados por emanar do Conselho
Nacional Eleitoral, autoridade competente nesta matéria”, afirmou o presidente
do grupo, Carlos Álvares.
A Uniore (União Interamericana de Organismos
Eleitorais) também defendeu o resultado, destacando a transparência da apuração
e argumentando que o CNE "cumpriu sua função".
Na segunda-feira, a UE também fez um apelo para que
todas as forças políticas venezuelanas reconheçam a vitória de Maduro,
conquistada com 50,66% dos votos.
• OEA reconhece Maduro. O
secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos) reconheceu, na
quarta-feira (17), Nicolás Maduro como presidente da Venezuela. “Desejamos ao
presidente eleito o maior êxito no cumprimento de suas funções”, afirmou José Miguel
Insulza, em sessão extraordinária do organismo multinacional, que ainda não
emitiu comunicado oficial sobre a posição.
Na noite de terça-feira (16/04), a presidente argentina
Cristina Kirchner pediu que os Estados Unidos reconhecessem a eleição de
Maduro. “Não incentivem as brigas, porque as brigas terminam em mortes. Pedimos
[o reconhecimento] com humildade e respeito. Esta é a melhor maneira de honrar
a paz, não só com discursos, mas com ações concretas”, afirmou, em referência
aos incidentes registrados no dia anterior, quando Capriles convocou um
panelaço contra a proclamação de Maduro como presidente.
Durante a sessão extraordinária da OEA o triunfo de
Maduro foi defendido pelos países latino-americanos. Um comunicado do Mercosul
– bloco comercial ao qual a Venezuela se integrou em dezembro do ano passado –
foi lido pelo representante uruguaio, no qual se parabenizava o povo
venezuelano pela alta participação eleitoral, superior a 80%, e se ressaltava o
compromisso dos integrantes do bloco comercial com os princípios democráticos
e a transparência do pleito.
• A “democracia”
deles. Na
Venezuela, os simpatizantes de Henrique Capriles estão demonstrando como funciona
a tal “democracia” para a direita e para os poderosos. Desde a noite de
domingo, depois do anúncio da vitória de Maduro, grupos de defensores de
Capriles começaram a percorrer as ruas incendiando a sede do Partido Socialista
Unido da Venezuela, residências de militantes da esquerda, postos de gasolina e
outros locais.
Na cidade de San Cristóbal,
botaram fogo na sede do PSUV e atacaram emissoras de rádio comunitárias. Na
capital, um grande grupo de defensores de Capriles cercou o prédio do canal de
televisão teleSUR e passou a ameaçar os jornalistas e funcionários que estavam
no local. Também ocorreram ataques contra a residência da presidenta do
Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, e dos pais do ex-ministro de
Comunicação e um dos coordenadores da campanha de Maduro, Andrés Izarra.
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