Os muitos
problemas sociais e ambientais produzidos pela empresa depois da sua
privatização e a violação de direitos humanos em várias partes do planeta
renderam à Vale o titulo de pior empresa do mundo. A “vitória” foi anunciada
após 21 dias de acirrada disputa, no dia 26 de janeiro no Public Eye Awards,
conhecido como o “Nobel” da vergonha corporativa mundial. Criado em 2000, o Public
Eye é concedido anualmente à empresa vencedora, escolhida por voto popular
em função de problemas ambientais, sociais e trabalhistas, durante o Fórum
Econômico Mundial, na cidade suíça de Davos.
A Vale concorreu com as empresas Barclays, Freeport,
Samsung, Syngenta e Tepco. Nos últimos dias da votação, a Vale e a japonesa
Tepco, responsável pelo desastre nuclear de Fukushima, se revezaram no primeiro
lugar da disputa, vencida com 25.041 votos pela mineradora brasileira.
Mais
uma da Vale. O embarque clandestino de
crianças e adolescentes nos trens de mineração e de passageiros da Ferrovia de
Carajás, sob controle da Vale foi tema de uma audiência pública realizada no
dia 13 de abril, em São Luis (MA). Ninguém consegue precisar quantas crianças e
adolescentes, ao longo de quase trinta anos, embarcaram clandestinamente nos
veículos da empresa. Além do trabalho infantil há denúncias de casos de
prostituição em trechos de duplicação da ferrovia.
Ernesto Germano
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