A Superintendência Regional do Trabalho em São Paulo anunciou na
sexta-feira (22) um flagrante de trabalho escravo em uma confecção que produzia
roupas para as marcas Luigi Bertolli, Emme e Cori. A operação foi realizada na
terça-feira (20) e resgatou 29 trabalhadores bolivianos da oficina na região do
Belenzinho, zona leste da capital paulista.
A GEP Indústria e Comércio Ltda, que produz as peças
das três marcas, foi alvo de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE), em parceria com Ministério Público Estadual e Receita Federal. A
produção era repassada para a Silobay, uma empresa situada no Bom Retiro, em
São Paulo, que também foi alvo de fiscalização.
Fiscais do Ministério do Trabalho flagraram
trabalhadores em condições análogas à escravidão. Na fábrica, as pessoas
trabalhavam de 12h à 14h por dia, ganhavam em média R$ 3 por peça produzida,
faziam as refeições no mesmo local em que trabalhavam e não tinham direito a
férias nem 13º salário. A fiscalização flagrou ligações elétricas clandestinas,
com risco de incêndio, crianças circulando pelo local de trabalho e mantimentos
guardados junto de rações de animais.
Cuidado com aquilo que você usa!
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