O coronel da Polícia Militar Mário Colares Pantoja, que
comandou o massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996, foi preso na
segunda-feira (7) e vai cumprir a sua pena de 228 anos de prisão. O massacre
resultou na morte de 21 sem-terra e deixou mais de 60 feridos. Pantoja já havia
sido condenado a cumprir 228 anos de prisão pelos crimes, mas, por força de
liminar expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), aguardava os julgamentos
de uma sucessão de recursos em liberdade.
O Tribunal de Justiça do Pará determinou também a
prisão do major José Maria Pereira de Oliveira, condenado a 158 anos de prisão
pela sua participou nos crimes. Porém, ele ainda não foi localizado. Apesar da
ação policial contra 1,5 mil sem-terra ter mobilizado mais de 150 policiais, no
dia 17 de abril de 1996, os oficiais foram os únicos responsabilizados. O
governador à época, Almir Gabriel (PSDB), também não sofreu qualquer tipo de
punição.
O Massacre de Eldorado dos Carajás aconteceu em 17 de
abril de 1996, durante uma operação da PM para reprimir o tráfego da rodovia PA
150, no município de Eldorado do Carajás, sudeste do Pará, onde 1,5 mil trabalhadores
ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) realizavam um
protesto.
Durante a ação, 19 foram assassinados. Na maioria dos
corpos, restaram os sinais evidentes de execuções. Outros dois morreram a
caminho do hospital. Mais de 60 pessoas ficaram feridas, muitas delas com sequelas
que levarão para o resto da vida.
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