segunda-feira, 15 de abril de 2013

Vaticano apoiou a ditadura de Pinochet.


 A página da Wikileaks, na internet, divulgou na segunda-feira (8) documentos do departamento de Estado dos EUA que revelam o apoio do Vaticano para o golpe no Chile em 1973. Segundo informações do jornal italiano La Republicca, “em nome do Santo Padre”, a Igreja negou denúncias contra os militares, dizendo que as repressões reportadas no país sul-americano se tratavam de “propaganda comunista”.
Um dos documentos divulgados - datados na década de 1970 - mostram o então secretário de Estado do Vaticano, Giovanni Benelli, em diálogo com diplomatas estadunidenses expressando “grave preocupação do Papa Paulo VI (1963-1978) com a campanha de esquerda para distorcer completamente a realidade da situação política no Chile”.
As conversas entre Igreja e EUA ocorreram cinco semanas depois de Pinochet tomar o poder por meio de um golpe de Estado, derrubando o regime socialista de Salvador Allende. Na ocasião, milhares de simpatizantes do regime de esquerda foram presos e mortos.
Na ocasião, o Vaticano admitiu que houve sangue derramado nas ruas chilenas, porém, acenou que os bispos chilenos “estavam fazendo de tudo para corrigir a situação e as reportagens que falam de repressão brutal, pois elas são infundadas”, afirma o documento divulgado. O Vaticano também afirma que “a cobertura exagerada dos eventos ocorridos no Chile foram uma grande vitória da propaganda comunista”.

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