domingo, 26 de fevereiro de 2012

Começou o julgamento de Bradley Manning.


 Teve início na quinta-feira (23) a série de audiências que julgarão o soldado estadunidense Bradley Manning, acusado de vazar informações sigilosas dos EUA para o WikiLeaks. Esta primeira sessão ocorrerá na cidade de Fort Meade, estado de Maryland. Na ocasião, o réu será apresentado às acusações feitas contra ele, uma breve leitura que antecederá o julgamento militar do próximo mês de maio.
Manning é acusado de roubo de bens públicos e documentos, bem como de difundir dados sigilosos da defesa e de violar as regras do programa de segurança das Forças Armadas. Mas tanto o advogado de defesa como a rede de apoio de Manning consideram que as informações filtradas (documentos do Departamento de Estado, vídeos e registros das guerras do Iraque e Afeganistão) não colocaram ninguém em perigo e nem foram publicadas com o objetivo de favorecer o inimigo.

Ernesto Germano

Militares estadunidenses queimam o Alcorão e provocam revolta.


Centenas de afegãos foram às ruas da capital Cabul para protestar contra a queima de exemplares do Alcorão, o livro sagrado do Islã, na maior base dos EUA no país. As manifestações deixaram pelo menos 11 pessoas feridas após confrontos com a polícia local.
Os protestos se concentraram em frente e ao redor da base americana de Bagram. A revolta surgiu depois que exemplares do Alcorão foram encontrados queimados no lixo da base por funcionários afegãos. A ação, considerada um grave insulto pelos afegãos, fez com que o chefe da OTAN no país, John Allen, pedisse desculpas às autoridades e ao povo afegão.

Ernesto Germano

Operários ocupam fábrica nos EUA.


 Pela segunda vez em menos de quatro anos, operários da empresa estadunidense Republic Windows & Doors se recusaram a deixar a fábrica onde trabalham em protesto contra as demissões planejadas. Na última quinta-feira (24), eles foram surpreendidos pela notícia de que a Serious Energy Inc., corporação que detém parte das ações da empresa, fecharia a filial da fabricante em Illinois o mais rápido possível.
O grupo composto por 70 trabalhadores permaneceu no interior do edifício por cerca de 11 horas e exigiu que o fechamento da filial não ocorresse antes que um comprador manifestasse interesse sobre o prédio. Eles conquistaram um prazo de 90 dias para manter a linha de produção em funcionamento e encontrar uma solução para o impasse. Uma das possibilidades levantadas em meio aos protestos foi a formação de uma cooperativa. Eles tiveram o apoio e a solidariedade de membros do movimento “Occupy Wall Street” que foram para a porta da empresa com cartazes contra o fechamento.

Ernesto Germano

EUA: número de crianças pobres aumentou.

A pobreza nos EUA afeta atualmente quase 25% mais de crianças do que há uma década. O alerta foi feito pela Fundação Humanitária Annie E. Casey, entidade que se dedica ao acompanhamento de crianças pobres no país.
O estudo divulgado pela Fundação na última segunda-feira (20) compara os números existentes em 2000 com os dados registrados em 2010 e revelam um aumento de 1,6 milhão de crianças vivendo em zonas de altos índices de pobreza. “Enquanto em 2000 cerca de 6,3 milhões de menores habitavam em áreas de pobreza aguda, em 2010 a cifra chegou a 8 milhões”, diz o estudo.

Ernesto Germano

A miséria cresce nos EUA.


Uma equipe da BBC de Londres foi aos EUA e visitou vários acampamentos de sem-teto no país. Segundo a matéria, é cada vez maior o número de pessoas que perderam suas casas e vivem em acampamentos. Os dados oficiais do governo dizem que “cerca de 47 milhões de pessoas vivem abaixo da linha de pobreza”, mas a cifra continua aumentando.
Novos acampamentos de sem-teto surgem a cada dia e já estão registrados em 55 grandes cidades estadunidenses. O maior acampamento está na cidade de Pinella Hope (Flórida), exatamente na região conhecida mundialmente por abrigar a Disney World. A matéria da BBC mostra que muitas dessas pessoas viviam bem até pouco tempo atrás, mas agora dormem em cabanas e dependem de ajuda de entidades.

Ernesto Germano

Hospitais em Gaza podem parar de funcionar.


O CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha) anunciou nesta quinta-feira (23) que foi obrigada a abastecer com 150 mil litros de diesel industrial os hospitais de Gaza para que as instalações não deixassem de funcionar. O território palestino sofre com a falta de combustível e outros produtos por conta do cerco imposto por Israel.
“O combustível ajudará 13 hospitais públicos a manterem os serviços de saúde essenciais pelos próximos 10 dias”, destacou o CICV por meio de um comunicado. Ainda de acordo com a organização, a falta de diesel industrial afeta serviços vitais à população de 500 mil pessoas da região, principalmente os hospitais.
Isso se dá por conta da interrupção do fornecimento do combustível à usina elétrica da Faixa de Gaza. O bloqueio imposto por Israel à entrada de produtos considerados essenciais à Faixa de Gaza impede que os hospitais da região funcionem com certa normalidade. Além do combustível, os moradores da região sofrem também com a falta de medicamentos, impedidos de entrar na Faixa de Gaza pelo governo israelense.

Ernesto Germano

Preso palestino encerra greve de fome.


 O preso palestino Khader Adnan, detido sem acusações formais desde dezembro de 2011 pelo exército israelense, decidiu nesta terça-feira (21) abandonar sua greve de fome de 66 dias após garantir em acordo com Israel que será solto em abril. Segundo o serviço de notícias israelense Ynet, a procuradoria se comprometeu a não estender a “prisão administrativa” de Adnan.
Aliás, esta é uma das invenções da “democracia” em Israel. A prisão administrativa permite aos tribunais militares israelenses nos territórios ocupados deter uma pessoa sem apresentar acusações e com base em provas secretas que nem o preso nem seu advogado conhecem. Não é “bacaninha”? Você pode ser preso sem saber o motivo e sem qualquer acusação formal! Veja a seguir.


Entendendo a Prisão administrativa:
 “Nos casos de detenção administrativa como este não temos direito sequer de ver o dossiê de acusação, porque se considera 'material secreto' que nem o detido nem seu advogado podem conhecer”, disse à Agência Efe Sahar Francis, diretora de uma organização não governamental palestina de apoio a prisioneiros. “Na audiência judicial há duas partes, uma na qual o advogado pode fazer perguntas ao promotor, mas que este não contesta argumentando segredo, e outra entre o promotor e o juiz, na qual se decide tudo sem a presença da defesa”.
A detenção administrativa pode estender-se a cada seis meses, o que permite que algumas pessoas estejam anos sem saber por que estão detidas nem o que podem fazer para ser libertados. “Na Primeira Intifada houve presos que passaram oito anos em detenção administrativa e agora há vários que estão há três anos e meio nessa situação”, garantiu Francis.
Os menores são interrogados sem a presença de um advogado nem de seus pais e também não têm suas fichas policiais apagadas quando completam 18 anos, como acontece em outros países. Os advogados têm um acesso limitado a seus clientes e os julgamentos transcorrem em hebraico, com um jovem sem formação de tradutor legal entre 18 e 21 anos que realiza o serviço militar obrigatório narrando em árabe aos acusados o que ocorre.
“Democracia” é isto aí! Mas não encontro nada sobre isto nos jornais. Se fosse em Cuba...

PS.: A "democracia" de Israel tem um toque de AI-5!


 Até a ONU acusa Israel! As prisões de Israel abrigam mais de 300 palestinos detidos de forma arbitrária, que sofrem de forma reiterada diversos tipos de abuso, denunciou nesta terça-feira (21) o relator especial das Nações Unidas sobre a Situação dos Direitos Humanos nos Territórios Palestinos Ocupados, Richard Falk.
“O governo de Israel o classifica como 'prisões administrativas', mas é mais honesto chamá-las de prisões sem acusações ou, diretamente, prisões arbitrárias”, afirmou Falk em comunicado. E destacou, além disso, que vários especialistas em prisões lhe informaram que os palestinos são vítimas de abusos físicos, verbais e psicológicos; sofrem falta de acesso a tratamento médico adequado; são sujeitos a confinamento solitário por períodos extensos; vivem em celas superlotadas e precárias; e não podem receber visitas de seus familiares. A matéria está em Opera Mundi.

Ernesto Germano e Chico Baeta