domingo, 1 de abril de 2012

Eu acredito é na rapaziada!



Como diz a música de Gonzaguinha: “Eu acredito é na rapaziada / Que segue em frente e segura o rojão / Eu ponho fé é na fé da moçada / Que não foge da fera e enfrenta o leão / Eu vou à luta com essa juventude / Que não corre da raia a troco de nada / Eu vou no bloco dessa mocidade / Que não tá na saudade e constrói / A manhã desejada”
Surge no Brasil um novo movimento, composto por jovens que foram descobrindo a verdade da história e que não se conformam com o esquecimento. Eles não aceitam que nossa história seja apagada e que os bandidos de ontem vivam hoje confortavelmente, sem prestar contas à sociedade.
Na semana que antecedeu o aniversário do golpe militar de 1964, o “Levante Popular da Juventude” realizou manifestações em várias capitais brasileiras na frente de residências e locais de trabalho de ex-militares e policiais acusados da prática de tortura durante a ditadura.
É claro que um movimento como este, para brotar, tem algumas sementes que não podem ser esquecidas. Por um lado, o início dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, recém criada e que já coloca os antigos torturadores com insônia. Em segundo lugar, as recentes declarações de militares da reserva que defendem o golpe e chegam a fazer ameaças ao governo.
Em São Paulo, cerca de 150 jovens que apoiam a Comissão e pedem julgamento dos torturadores se concentraram na frente da empresa de segurança Dacala, na avenida Vereador José Diniz. O dono é o delegado aposentado David dos Santos de Araújo, acusado pelo Ministério Público Federal de participar de torturas e assassinatos. O “Capitão Lisboa”, como era conhecido, é acusado de ser um dos torturadores do Doi-Codi. O panfleto distribuído no ato afirma que David também é conhecido pelos estupros de filhos de pessoas que assassinou durante a ditadura civil-militar. E estampa as logomarcas da Anhanguera Educacional, Banco Safra, Banco Itaú, Jac Motors e Ford, empresas que são clientes de sua empresa de segurança.
Em Porto Alegre, 70 jovens foram para a frente da residência do coronel Carlos Alberto Ponzi, na rua Casemiro de Abreu, 619. O ex-chefe do Serviço Nacional de Informações (SNI) em Porto Alegre é acusado pela justiça italiana pelo desaparecimento do militante Lorenzo Ismael Viñas, capturado ao tentar atravessar a ponte que liga Uruguaiana à Paso de Los Libres (Argentina), em 26 de junho de 1980, durante a Operação Condor. O crime foi cometido depois da assinatura da Lei de Anistia, feita em 1979.
Em Belo Horizonte o grupo denunciou Ariovaldo da Hora e Silva, em sua residência na rua Biagio Polizzi, 240. Ele é acusado de torturar Afonso Celso Lana Leite, Cecílio Emigdio Saturnino, Jaime de Almeida, Nilo Sérgio Menezes Macedo e outros, quando era investigador da Polícia Federal. Segundo o livro Brasil Nunca Mais, Ariovaldo também é responsável pela morte de João Lucas Alves.
Adriano Bessa, acusado de ser um delator e prestador de serviços durante o período militar, foi o alvo dos 80 manifestantes em Belém do Pará. O Levante Popular da Juventude também realizou escrachos na Bahia e no Ceará.
No Rio de Janeiro, cerca de 300 manifestantes foram para a frente do Clube Militar, na tarde de quinta-feira (29) para protestar contra a comemoração que estava programada pela passagem dos 48 anos do golpe militar de 1964. Enquanto cerca de 300 militares da reserva participavam do evento, chamado de “1964 — A Verdade”, na sede do Clube Militar, em frente à Cinelândia, os manifestantes se concentraram nas duas entradas do prédio, com bandeiras e cartazes onde se lia: “Onde estão nossos mortos e desaparecidos do Araguaia?”
Estas são apenas algumas das manifestações ocorridas no país. O movimento parece estar crescendo e os jovens vão participando e protestando. Exigem a verdade. Chega de esconder a história para proteger torturadores e golpistas.

Nota de esclarecimento.


 Do meu amigo e companheiro Pepe, um lutador argentino que vive no Brasil, recebi um importante esclarecimento.
Este movimento de jovens foi criado pela organização H.I.J.O.S de Argentina. Os “HIJOS” são os filhos recuperados de companheiros e companheiras desaparecidos durante a ditadura 1976-1983 que não se conformavam com as leis que impediam julgar os torturadores e assassinos no país.
Na Argentina o movimento ganhou o nome de ESCRACHE e foi uma forma excelente de que as pessoas tomassem ciência das atividades ilícitas de seu vizinho que podia ser uma pessoa “normal” mas ocultando um passado terrível cheio de mortes, torturas, desaparições, assassinatos, estupros.

Ernesto Germano

Mais um caso na Justiça.


 Na quinta-feira (29), foram ouvidas no fórum da Praça João Mendes, em São Paulo, as testemunhas no processo que pede a retificação da certidão de óbito do militante comunista João Batista Drumond. A morte do militante do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) foi registrada como consequência de um atropelamento na esquina da Avenida 9 de Julho com a Rua Paim, na região central da capital paulista, em 1976.
Na ação movida pela viúva Maria Ester Cristelli Drumond e as filhas, Rosamaria e Silvia, para corrigir a certidão de óbito, ela sustenta que Drumond foi morto sob tortura dentro do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), para onde foi levado após ser preso durante operação policial que desarticulou uma reunião do PCdoB em uma casa no bairro da Lapa, na zona oeste da capital paulista. Na ação militar, dois militantes foram mortos.

O caso Herzog.


 A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), entidade da Organização dos Estados Americanos (OEA), notificou nesta semana o Estado brasileiro sobre denúncias referentes às circunstâncias da morte do jornalista Vladimir Herzog, em 1975.
A notificação indica a abertura oficial, pela corte internacional, da investigação sobre a morte do jornalista, ocorrida dentro do Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) de São Paulo, órgão subordinado ao Exército, que funcionou durante o regime militar.
O pedido de investigação foi feito por quatro entidades que atuam na defesa de direitos humanos no Brasil: o Centro pela Justiça e o Direito Internacional (Cejil), a Fundação Interamericana de Defesa dos Direitos Humanos (FIDDH), o Grupo Tortura Nunca Mais, de São Paulo, e o Centro Santo Dias de Direitos Humanos, da Arquidiocese de São Paulo.

Só podia ser!


Quinta-feira, dia 22 de março de 2012. Em Mali, o capitão Amadou Sanogo liderou um golpe militar que destituiu o presidente legalmente eleito. Poucas horas depois do golpe ele decretou a criação de um tal de “Comitê Nacional para a Restauração da Democracia e do Estado” do qual ele é o presidente. Tudo como manda a cartilha dos velhos golpistas e ditadores que conhecemos muito bem.
Mas tem mais uma coisa em comum. Amadou Toumai Touré recebeu treinamento nos EUA. Ele passou por vários cursos, em ocasiões diferentes, incluindo aulas básicas sobre comando de soldados. A notícia foi confirmada por um oficial do Departamento de Defesa dos EUA, em entrevista ao The Washington Post.
Sanogo participou do Programa Internacional de Educação e Treinamento Militar, uma iniciativa financiada pelo Departamento de Estado para militares estrangeiros selecionados por membros de embaixadas estadunidenses ao redor do mundo, conforme informou o oficial Patrick Barnes, integrante do AFRICOM (Comando dos Estados Unidos para África), que não deu mais detalhes.
Mais uma vez se confirma a velha piada: “Sabe por que não tem golpe de Estado nos EUA?”... “Porque lá não tem embaixada dos EUA!”

Ernesto Germano

Soldados israelenses matam manifestante palestino.


 Um manifestante palestino morreu nesta sexta-feira (30) em Gaza depois de ter sido atingido por disparos de soldados israelenses durante os protestos do Dia da Terra, realizados anualmente. Ainda de acordo com as autoridades locais, pelo menos 20 pessoas ficaram feridas durante os confrontos entre os manifestantes e o exército de Israel. O jovem morto tinha 20 anos e foi identificado como Mahmoud Zakut. Ele morreu em um hospital da região depois de ter sido atingido por disparos de israelenses no início da tarde. Os protestos contaram com a presença de cerca de 10 mil pessoas na Passagem de Erez, região norte de Gaza.

Ernesto Germano

Eles se acham acima das instituições?


 O ministro das Relações Exteriores israelense, Avigdor Lieberman, ordenou nesta segunda-feira (26) o rompimento de relações com o CDH (Conselho de Direitos Humanos) da ONU, depois de ter sido aprovada a criação de uma comissão para investigar o impacto das colônias israelenses em território palestino ocupado. “O ministro Lieberman decidiu nesta segunda que não vamos continuar colaborando com o CDH, já que esse organismo não tem nenhuma credibilidade. Por isso, não queremos nos relacionar com ele”, explicou Paul Hirschson, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.
Ou seja, se estão investigando os crimes de Israel não merecem credibilidade? Israel se acha acima dos organismos da ONU? Ninguém pode investigar seus crimes? O que diz Obama sobre isto? Por que Obama apóia o Conselho de Direitos Humanos quando critica a Síria, por exemplo, e se cala na questão de Israel?

Ernesto Germano

Na Espanha, prostitutas não atenderão banqueiros.


 É um protesto diferente e anunciado oficialmente. As prostitutas de luxo de Madri se recusam a fazer sexo com banqueiros, em protesto contra a crise financeira que atinge a Espanha. O desemprego no país já atinge 23% da população economicamente ativa.
Para voltar a atender seus clientes banqueiros, as prostitutas exigem que os funcionários das instituições financeiras do país abram linhas de crédito para famílias pobres ou empresas que estão próximas da falência. A principal associação de prostituição da cidade afirmou ao tablóide inglês Daily Mail que só irá suspender a greve quando os banqueiros cumprirem “suas responsabilidades sociais”.
Uma prostituta que se identifica como Ana MG afirmou não acreditar que a greve irá durar muito. “Estamos em greve há três dias e eu não acho que eles aguentem muito tempo”, disse.

Ernesto Germano

Greve Geral parou a Espanha.


 A Greve Geral de 29 de março, convocada como forma de protesto contra a reforma laboral promovida pelo governo de Rajoy, foi considerada pelos sindicatos como “a mais representativa da história da democracia”. Segundo as centrais sindicais CCOO e UGT, entre os 14 milhões de trabalhadores assalariados, adesão deve ficar entre 85 e 90%. Fábricas de automóveis estiveram praticamente paradas, setor dos transportes só cumpre os serviços mínimos, 26 portos ficaram totalmente parados. Trabalhadores dos meios de comunicação também participaram do protesto.
Os grandes centros de abastecimento da Andaluzia, especialmente o Mercasevilla, o Mercabarna e o Mercavalencia, na Catalunha, e a plataforma logística de Mercadona em Leon fecharam as portas e os setores da alimentação e o setor químico registraram níveis de adesão em torno de 90%. O turno da noite da fábrica da Repsol em Puertollano parou por completo.
No setor mineiro a adesão foi de 100% e no setor têxtil atingiu os 82%. A fábrica da Inditex fechou por completo. No recolhimento de lixo a adesão foi de 95%, chegando a 100% em cidades como Madri, Corunha, Zaragoza, Ceuta, Toledo, entre outras.
Em Madri, a Greve terminou com um grande Ato Público na Praça do Sol, transmitido ao vivo pela TV espanhola e pela internet. O ato terminou com o povo cantando a Internacional!

Ernesto Germano

O que estão aprontando?


 A Agência Bolivariana de Informação divulgou uma preocupante notícia. Um veículo Nissan, modelo X3, com placa 27-MI-30 e registrado em nome da embaixada dos EUA foi detido na madrugada de terça-feira no município de Trinidad, departamento de Beni (nordeste da Bolívia).  
O carro foi apreendido e seus dois ocupantes estão presos para investigações. Estavam transportando farto armamento: três escopetas da marca Remington (calibre 12); um revolver Smith Wesson (calibre 38); 2.350 cartuchos de munição calibre 38; três equipamentos de comunicação e um computador.

Ernesto Germano

Grupo neonazista mata um jovem no Chile.


 Daniel Zamudio tinha 24 anos e foi brutalmente agredido durante seis horas, apenas por ser homossexual. Ele passou 24 dias em coma em consequência das torturas sofridas, mas não conseguiu resistir.
Na madrugada do dia 3 de março, quando se encontrava nas imediações do Parque San Borja, no centro de Santiago, Zamudio foi cercado por quatro pessoas que o agrediram com socos, chutes e pedradas. Foram cerca de seis horas de tortura, que terminou com os agressores cortando parte de uma orelha, queimando pontas de cigarro e fazendo diversos cortes com um pedaço de vidro, formando duas suásticas, uma pequena sobre o abdômen e outra grande nas costas. O corpo do estudante foi encontrado na manhã daquele dia, no estacionamento de um supermercado próximo ao parque.
Os agressores de Zamudio foram capturados no sábado seguinte ao do ataque. São eles Patrício Ahumada (26 anos), Raul López (25), Alejandro Angulo (25) e Fabián Mora (20). Os três primeiros já tinham antecedentes por crimes de agressões a homossexuais e imigrantes.

Ernesto Germano

Mais um problema para os EUA.


 Depois da confirmação da imensa reserva de petróleo na Venezuela, transformando o país na maior reserva do planeta, uma nova descoberta vai aumentar a “dor de cabeça” nos EUA. Em 2011, as reservas provadas de gás natural da Venezuela chegaram a 196 bilhões de pés cúbicos! Ou seja, o país é agora a quinta maior reserva de gás no planeta!

Ernesto Germano

Chávez continua favorito nas pesquisas.


A “oposição” venezuelana, financiada pelos EUA, não sabe mais o que fazer para as eleições do próximo dia 7 de outubro. Eles tentam se livrar da fama de golpistas, adquirida depois do golpe fracassado de 2002, mas isto tem adiantado muito pouco. Governo conta com inéditas taxas de aprovação popular!
Apesar da anunciada doença de Hugo Chávez, ele segue na frente nas pesquisas feitas por vários institutos. O candidato da direita, Henrique Carpilles Radonski, não chega nem perto. Vejam os resultados entre Chávez e Radonski: Hinterlaces: 52% a 34%; GIS: 55% a 22,2%; Ivad: 56,5% a 26,6%; Consultores 3011: 57,5% a 26,6%. Ou seja, a direita está começando a ficar desesperada e pode inventar algo para desacreditar o processo eleitoral.

Ernesto Germano

Enquanto falavam do Papa...


 Enquanto nossos jornais gastavam muitas páginas falando da visita do Papa a Cuba, outra importante personalidade estava na Ilha e ninguém falou sobre isto.
No mesmo dia da chegada de Bento XVI, desembarcou em Cuba a senhora Margaret Chan, Diretora Geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) que realizou vários encontros com grupos de especialistas cubanos para traçar políticas para a América Latina.
Em uma entrevista transmitida pela TV cubana, Margaret Chan classificou de “invejável” o sistema de saúde cubano e elogiou o enfoque internacionalista e a formação de profissionais de diversas nacionalidades. Ela qualificou o serviço sanitário na Ilha como um dos melhores no mundo e disse que pode ser seguido por muitos países. Mas nossos jornais “esqueceram” de noticiar isto.

Ernesto Germano

Sabe a última da mentirosa?


A blogueira “potoqueira”, Yoani Sánchez continua sendo motivo de risos. Apesar de todo o apoio e dinheiro que recebe da Espanha e dos EUA, está começando a ficar ridícula em suas notícias sobre Cuba, criadas para atacar a imagem da Ilha e o socialismo.
Desta vez, em matéria publicada pelo jornal espanhol “ABC”, a mentirosa resolveu fazer profecias: segundo ela, “o regime cubano não vai durar mais dois anos!” Ela fala de “caos social em Cuba”, “fome”, “repressão e perseguições”. Mas ela não explica, por exemplo, de onde vem o seu alto salário. Por que ela recebe uma exorbitante “ajuda de custo” paga pelo governo espanhol?

Ernesto Germano

“O que faz um Papa?”


Quem esperava por isto? No último dia de visita a Cuba, o Papa teve um encontro com Fidel Castro. Segundo a imprensa de Havana, conversaram durante 30 minutos na Nunciatura Apostólica (embaixada do Vaticano) em Havana. Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, disse que o papa, de 84 anos, e Fidel, de 85, tiveram uma “troca de ideias” numa atmosfera “muito cordial”, apesar das profundas divergências ideológicas que os separam.
Em certo momento da conversa, Fidel perguntou a Bento XVI: “O que faz um Papa?”. Ele então falou do seu ministério, das suas viagens internacionais e do seu serviço à Igreja. Disse também que estava feliz por visitar Cuba e por ter sido tão bem acolhido. Ainda segundo o porta-voz, a dupla discutiu problemas mundiais sob pontos de vista religiosos, científicos e culturais.

Cuba continuará sendo socialista!


 Com muita diplomacia, um alto dirigente do governo cubano resolveu dar uma resposta às críticas do papa Bento XVI. Antes de chegar a Cuba, o papa afirmou que ora para que o país siga caminhos de “renovação e esperança” e disse que a ideologia marxista “não corresponde mais à realidade”.
O vice-presidente do Conselho de Ministros de Cuba, Marino Murilo rebateu as declarações de Bento XVI. “Em Cuba não haverá reforma política”, disse o dirigente. “Estamos falando da atualização do modelo econômico cubano que faça com que nosso socialismo seja sustentável e que tem a ver com o bem-estar do nosso povo”. Ele disse que o governo cubano tem se espelhado nas experiências de outros países, como Rússia, China e Vietnã, para flexibilizar o modelo econômico centralizador inspirado na extinta União Soviética. “Estudamos o que está sendo feito em todo o mundo para atualizarmos o nosso modelo socialista com características bem cubanas, que se ajuste a nossas condições”, acrescentou.

Ernesto Germano

Três trabalhadores sem terra são encontrados mortos em Uberlândia.


 Três integrantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST - uma dissidência do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram encontrados mortos na tarde do último sábado (24) em um carro abandonado em uma rodovia próxima a Miraporanga, distrito de Uberlândia, no Triângulo Mineiro.
Junto aos corpos de dois homens e de uma mulher, a Polícia Militar (PM) encontrou uma criança de 5 anos, que, segundo os policiais, presenciou os assassinatos. Neta de duas das vítimas, a criança foi levada ao acampamento onde vivem os pais e está sob proteção policial. As três vítimas foram mortas a tiros e a polícia chegou ao local após denúncia recebida por telefone.
Mais uma liderança do MST é assassinada. Na sexta-feira (23), o trabalhador rural Sem Terra, Antônio Tiningo, foi assassinado em uma emboscada quando se dirigia para o acampamento da fazenda Açucena, no município de Jataúba, agreste de Pernambuco. Ele era um dos coordenadores do acampamento da fazenda Ramada, ocupada há mais de três anos. No final de 2011, mesmo ocupada pelos Sem Terra, a fazenda foi comprada por um empresário do ramo de confecção e especulação imobiliária, conhecido por Brecha Maia. Logo que comprou a área, o fazendeiro - que possui outras fazendas na região - expulsou ilegalmente as famílias, sem nenhuma ordem judicial ou presença policial.
As famílias reocuparam a área em fevereiro desse ano e, desde então, o proprietário tem ameaçado retirar as famílias à força, intimidando pessoalmente algumas lideranças da região, dentre elas, Antonio Tiningo.

Vingança de Serra.


 A demissão de dois profissionais da “Revista de História” da Biblioteca Nacional semanas após a publicação de uma resenha favorável ao livro “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr, colocou a revista no centro de uma polêmica sobre uma suposta intervenção do partido (PSDB) no caso.
Publicado em 24 de janeiro, o texto do jornalista Celso de Castro Barbosa foi alvo de críticas de tucanos, que liderados pelo presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), ameaçaram processar a publicação, editada pela Sociedade de Amigos da Biblioteca Nacional (Sabin) e que da Biblioteca Nacional recebe apenas material de pesquisa e iconografia.
A evidente pressão externa fez com que o jornalista recebesse um chamado do editor-chefe da publicação, Luciano Figueiredo, naquele mesmo dia. “Ele [Figueiredo] disse concordar com quase tudo que havia escrito, mas o Gustavo Franco [ex-presidente do Banco Central no governo FHC] leu, não gostou e resolveu mobilizar a cúpula tucana.”  
Acontece que a verdadeira dona da revista é a Sabin, uma entidade privada, composta inclusive por bancos, e nega que tenha sofrido interferência externa nas demissões. Disse que o jornalista Celso de Castro Barbosa foi demitido pelo então editor Luciano Figueiredo que, por sua vez, dispensado “exclusivamente por razões administrativas.”

Ernesto Germano