terça-feira, 31 de janeiro de 2012

MASSACRE DO PINHEIRINHO: PSDB DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS RECEBEU R$427 MIL DO RAMO IMOBILIÁRIO EM 2008





Por Felipe Prestes, do portal Sul21
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O comitê municipal único do PSDB em São José dos Campos recebeu R$ 427 mil de doações declaradas de 22 empresas do ramo imobiliário nas eleições de 2008. O valor representa aproximadamente 20% dos R$ 2.109.475 recebidos pelo comitê. Destes mais de R$ 2 milhões do comitê, cerca de R$ 630 mil foram destinados à campanha vitoriosa do atual prefeito Eduardo Cury (PSDB).
O deputado estadual Fernando Capez (PSDB), irmão do desembargador do TJ-SP Rodrigo Capez, que coordenou a ação policial em Pinheirinho, também recebeu bastante apoio do ramo imobiliário nas eleições de 2010. Quinze empresas do ramo doaram um total de R$ 424.462,02 para a campanha de Capez, 38% de tudo o que ele arrecadou (R$ 1.114.443,90).
Pinheirinho tem área de 1,3 milhão de m² e estava ocupada por 1,6 mil famílias desde 2004. A Prefeitura de São José dos Campos obteve propostas dos governos estadual e federal para inscrever a área em projetos habitacionais sem que tivesse que pagar o valor do terreno, que pertence ao especulador Naji Nahas, mas não quis fazê-lo. Na ação de desocupação, o desembargador Rodrigo Capez esteve no local representando o TJ-SP e ordenou a continuidade das ações — mesmo que liminares da Justiça Federal colocassem um impasse jurídico, só resolvido pelo STJ no dia seguinte à reintegração de posse.

As informações foram extraídas do site do TSE. Clique nas imagens abaixo para conferir..














segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Uma polícia bem “imparcial”.

 A polícia de Nova York utilizou durantes meses um filme anti-islâmico para treinar agentes locais a combaterem práticas de terrorismo. O polêmico documentário “A Terceira Jihad” acusa a maioria dos líderes muçulmanos nos Estados Unidos de tentarem impor a sharia, lei islâmica, no país. Quase 1.500 agentes formados em práticas antiterroristas assistiram ao filme durante o treinamento em 2011. Mas depois de severas críticas publicadas em dois artigos do jornal New York Times, afirmando que o filme “incita o ódio”, tanto o chefe de polícia da cidade, Raymond Kelly, que foi entrevistado no filme, quanto o prefeito Michael Bloomberg passaram a criticar o conteúdo do filme. 

Cuidado com o Facebook.

 Atilio Boron é diretor do PLED (Programa Latinoamericano de Educación a Distancia en Ciencias Sociales) e um conhecido sociólogo argentino. Nesta semana ele fez uma curiosa denúncia. Havia feito uma crítica séria dizendo que a secretária de Estado Hillary Clinton, diante do quinto assassinato de um cientista iraniano, limitou-se a encolher os ombros e dizer que isso era o resultado das provocações de Teerã. Boron escreveu que a Clinton é “o elo perdido entre as aves carniceiras e a espécie humana”, falando de sua gargalhada quando lhe comunicaram o linchamento de Kadafi. O problema é que ele teria escrito isto no Facebook e, poucas horas depois, foi comunicado que o acesso à sua conta estava proibido.

Por que a imprensa não fala nisto?

 Johnny Owens Vick, Hozel Alanzo Blanchard e um terceiro nome ainda não divulgado eram prisioneiros na Califórnia e participaram da greve de fome contra as péssimas condições carcerárias. Os três estão mortos em consequencia da greve de fome e, segundo outros prisioneiros que estão em celas próximas, não receberam qualquer atendimento médico. Familiares dos mortos e seus advogados não conseguem informações das autoridades carcerárias e o departamento do governo que cuida das prisões não fez sequer autópsia. Fonte: http://www.tercerainformacion.es/spip.php?article33259

Republicanos atacam Cuba e desejam morte de Fidel.


 Parece uma espécie de fixação doentia!  O grande problema dos EUA não é a crise econômica, não é o desemprego em alta, não é a miséria crescendo em suas ruas, etc. Nada disto! O grande problema para os EUA, a paranóia deles, é uma pequena ilha no Caribe que vive independente e feliz, apesar de mais de 40 anos de bloqueio.
Em debate entre candidatos realizado na segunda-feira (23), dois dos quatro pré-candidatos gastaram praticamente todo o tempo atacando o governo de Raúl Castro e fazendo ameaças. O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Newt Gingrich, afirmou que caso fosse eleito, em novembro, não permitiria “mais quatro anos de regime socialista” em Cuba. O ex-senador Rick Santorum apoiou a proposta de Gingrich de espionagem e classificou Cuba como uma “ameaça grave” para a segurança dos EUA. “As sanções devem continuar até que os irmãos Castro estejam mortos”.

A “nova” guerra de Obama.


Em um discurso recente, no Congresso, o presidente dos EUA declarou que vai reduzir o orçamento militar e também o número de efetivos no exército e na marinha. Por outro lado, deixou claro que seu país vai investir mais em tecnologia militar, como os aviões “drones”, e também na tática de “assassinatos seletivos”. Ou seja, a exemplo do que ocorreu recentemente com o cientista iraniano, a idéia é matar alguns personagens considerados importantes para evitar conflitos maiores.
Caio Blinder, um brasileiro que vive nos EUA e apresenta o programa de televisão Manhattan Connection, transmitido pelo canal GNT, do sistema Globosat, defendeu esta política. Em certa parte do seu programa ele teria falado sobre o assassinato de cientistas iranianos dizendo que “preciso matar gente agora” para evitar mais mortes do futuro, além do que, acrescenta, “você intimida outros cientistas”.

Sábias palavras!

 Uma perfeita definição daquele grande país do norte acaba de ser dada pelo cineasta Michael Moore. Segundo ele, “Esta é uma nação fundada no genocídio e construída sobre os ombros de escravos”! Durante um discurso feito na Universidade George Washington, sobre a pobreza existente no país, Moore acusou os EUA de obter a riqueza através da escravidão. Só faltou dizer que é também através da exploração e escravidão de outros povos, ainda hoje.

Covardia e desrespeito.

 Na terça-feira (24), o exército de Israel demoliu uma dezena de moradias e prédios palestinos na localidade de Anata (Cisjordânia). Entre as construções destruídas estava um centro comunitário e uma casa de abrigo construídos por voluntários espanhóis com financiamento da Agência Espanhola de Cooperação e Desenvolvimento. Uma das construções destruída era abrigo para uma família de 17 pessoas, já desalojadas em outras ações do exército israelense.

Até a União Europeia?


 A União Europeia defendeu nesta quarta-feira (25) o fim do bloqueio imposto por Israel aos palestinos que vivem na Faixa de Gaza. O pedido foi feito pela chefe da diplomacia do bloco, Catherine Ashton, em uma visita à região para a assinatura de um acordo de financiamento de projetos da ONU nos territórios ocupados. É a terceira vez que Ashton vai a Faixa de Gaza.
A representante diplomática europeia destacou que o bloqueio que Israel impôs a esse território “deve ser levantado para permitir que as pessoas se movimentem com liberdade”.

Crise vai acabando com os empregos.


 As informações são da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Entrando no quarto ano, a crise econômica põe o mundo à beira de uma explosão social que exigirá um plano de resgate trilionário para ser superada. Os dados divulgados pela OIT mostram que a crise do desemprego é a pior já registrada e a economia mundial terá de criar 600 milhões de postos de trabalho até 2020 para inserir os que hoje estão desempregados e ainda incorporar milhões de jovens que entrarão no mercado produtivo.
Desde 2007, 27 milhões de pessoas perderam o trabalho, fazendo o número global de desempregados atingir o recorde de 197 milhões de pessoas, uma alta de 13% em poucos anos. Metade dessa massa de desempregados está nos países ricos e a taxa média mundial de desemprego passou de 5,5% para 6,2%. Na América Latina, 3 milhões de pessoas foram demitidas nos dois primeiros anos da crise, fazendo a taxa subir de 7,0% para 7,7%. Em 2010 e 2011, porém, o índice caiu para 7,2%.
Na Europa, 45 milhões de pessoas estão sem trabalho. Um terço já busca emprego por mais de um ano. Na melhor das hipóteses, a taxa de desemprego que bateu 8,8% em 2010 será reduzida para 7,7% em 2016. Mas, ainda assim, estará acima dos 6,1% de 2008.

Na Suíça, quem protesta vai preso.

 A polícia suíça vai indiciar mais de 100 manifestantes que fizeram protesto em Berna no sábado (21) contra o Fórum Econômico Mundial. O movimento chamado “Ocupem Davos” segue o exemplo dos manifestantes do “Ocupem Wall Street” e protestam contra a desigualdade de renda no planeta e a ganância dos ricos. Fizeram acampamento em iglus e permanecem protestando na região. A polícia prendeu também dois homens sob a suspeita de terem pichado as paredes do Banco Central da Suíça, em Zurique, com a expressão “Smash WEF” (Acabem com o Fórum Econômico Mundial).

Romênia também afunda na crise neoliberal.


 Depois de 1989, com o fim do comunismo, a Romênia foi remodelada segundo as mais rígidas normas do capitalismo, ou seja, tudo ao mercado e nada ao Estado. Os cidadãos romenos puderam ter dezenas de canais de televisão, centenas e marcas de produtos importados, todos os tipos de bens que o mercado oferece. 
Em 1989, antes de o capitalismo vencedor oferecer todas as delícias do mercado, a Romênia não tinha dívida externa. Em 2011 a Romênia fechou o ano com uma dívida externa (pública e privada) de 100 milhões de euros, o que é um absurdo se comparada com o seu PIB de apenas 120 milhões de euros.
O desemprego cresce, os salários estão reduzidos e o desespero toma conta da população. Profissionais como professores e médicos fogem para outros países em busca de emprego e salário digno. A cada dia aumenta a distância entre ricos e pobres na Romênia, mas agora eles podem escolher entre mais de 40 marcas de cigarros e quase 100 canais de televisão! (http://www.rebelion.org/noticia.php?id=143398)

Na Inglaterra, trabalhador virou sinônimo de parasita e desajustado.

 A mídia inglesa criou uma nova expressão que está aparecendo cada vez mais em jornais, TVs e até em páginas da Internet. Trata-se de uma nova palavra sem definição própria: “chavs”. O termo vem sendo usado para menosprezar o jovem pobre, que não encontra trabalho fixo e vive em dificuldades, recebendo ajuda do Estado. Mas é também usado para definir o jovem trabalhador de baixo salário que anda com roupas comuns. Seja qual for a definição para “chavs”, o grave nisto tudo é que a classe trabalhadora na Inglaterra teve sua dignidade roubada nos últimos trinta anos! Os conceitos neoliberais introduzidos por Margaret Thatcher acabaram de vez com a imagem dos trabalhadores ingleses que agora são vistos como parasitas que vivem à custa de ajudas do Estado. É o triunfo de um individualismo que afundou o sistema de valores solidários da classe trabalhadora. Em 1979 havia sete milhões de operários com um forte peso de mineiros, portuários e do setor automotivo. Hoje há dois milhões e meio, as minas desapareceram e só a empresa automotiva, em mãos estrangeiras, está crescendo.

Cuba dá exemplo na luta contra AIDS.

 O conselheiro chefe do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Carlos Cortes Falla, elogiou os resultados obtidos por Cuba na prevenção do vírus da AIDS. Segundo Cortes, o país possui a menor taxa de infecção de HIV em toda a América Latina. Cortes comentou a atuação cubana na área durante o 6º Congresso de Educação, Orientação e Terapia Sexual, realizado em Havana entre terça (24) e sexta-feira (27). Para o representante da ONU (Organização das Nações Unidas), o desempenho cubano na prevenção da doença é resultado da disciplina e da organização que as instituições cubanas mostram a respeito do tema.

A carruagem virou abóbora!


 Orlando Zapata Tamayo era um preso comum cubano que, durante sua prisão, foi convencido a fazer declarações contra o governo para ganhar “status” de preso político. Depois foi também convencido a fazer uma “greve de fome” para chamar a atenção. Orlando Zapata acabou falecendo e se tornou material de propaganda contra Cuba. Sua mãe, Reina Luisa Tamayo, foi levada para a Espanha e depois para os EUA, aparecendo várias vezes em programas de TV para fazer discursos contra o regime cubano.
Agora tudo mudou. Reina Luisa Tamayo vive nos EUA e foi entrevistada por um jornalista de Miami, Miguel Fernández, a quem disse que se sente “traída, enganada e decepcionada”. Ela disse que “os que nos prometeram ajuda nos traíram”. “Somos nove pessoas (cubanas) vivendo juntas em uma casa, sem dinheiro para pagar o aluguel mensal de 2.300 dólares, além das contas (água, luz, telefone, calefação e alimentação). Ela vive em Miami, fazendo faxina em residências para sobreviver.

Ernesto Germano

EUA sabiam sobre roubo de bebês.


 O ex-secretário de Direitos Humanos do Departamento de Estado dos EUA entre 1981 e 1985, Elliot Abrams, admitiu nesta quinta-feira (26) que sabia que os militares argentinos tinham um plano para o roubo e apropriação ilegal de bebês nascidos em centros clandestinos de prisão durante a ditadura do país (1976-1983). “Estávamos a par de que algumas crianças tinham sido roubadas quando os pais estavam presos ou mortos”, afirmou, em depoimento, feito por meio de vídeo-conferência entre juízes de um tribunal oral federal de Buenos Aires e o consulado argentino em Washington. “Sabíamos que não eram só uma ou duas crianças, mas que existia um padrão, um plano, porque havia muita gente que estava sendo assassinada ou presa”, complementou.
Calcula-se que 500 bebês tenham sido roubados e a identidade ocultada durante a repressão argentina. Para encontrá-los, um grupo de mães de presos clandestinamente na época, por razões políticas, se juntaram em uma associação conhecida como “Avós da Praça de Maio”, para tentar encontrar seus netos desaparecidos.

Novos corpos de vítimas da ditadura na Argentina.

 O Tribunal de Apelações do Capital Criminal e Correcional Federal da Argentina localizou, no ano passado, mais de 40 corpos enterrados sem identificação durante a ditadura militar. A procura das vítimas da ditadura argentina nos anos 1970 faz parte das medidas tomadas para dar satisfação às famílias de milhares de desaparecidos. Com essas identificações, chegam a 202 os restos mortais de vítimas da ditadura entregues aos parentes pelo Tribunal de Apelações do Capital Criminal e Correcional Federal da Argentina.

Na Argentina, Monsanto é denunciada por tráfico de pessoas.

 A Administração Federação de Receitas Públicas (AFIP, da sigla em espanhol) da Argentina denunciou a Monsanto por tráfico de pessoas e exploração de 65 trabalhadores em condições degradantes com base em uma fiscalização realizada no final do ano passado. Segundo o jornal argentino Página 12, os camponeses contratados para trabalhar na lavoura de milho foram levados para uma área a 200 km de Buenos Aires, e, então, enganados, endividados e impedidos de deixar o local. Eles disseram, ainda segundo o jornal, cumprir jornadas de até 14 horas seguidas no processo de desfloração do milho.



Panamá pede extradição de terroristas que vivem nos EUA.


 O Tribunal do Panamá ratificou sentença de 2004 contra Posada Carriles e comparsas. A extradição de Posada Carriles e também Guillermo Novo, Pedro Remón e César Matamoros, assim como do panamenho José Hurtado, foram solicitadas na sexta-feira (20). Eles foram acusados após uma tentativa de atentado contra o ex-presidente cubano Fidel Castro em 2000, quando ele participava de um encontro na Universidade do Panamá. Os envolvidos foram presos na capital panamenha, porém, receberam o indulto.
“O indulto que ilegal e grosseiramente lhes concedeu a ex-presidenta Mireya Moscoso, que facilitou a fuga do Panamá, vai por água abaixo, pois foi declarado inconstitucional pelo Segundo Tribunal, que confirmou a sentença do Julgado Quinto Penal do grupo terrorista", disse o advogado Rafael Rodríguez.
O tribunal panamenho confirmou a sentença do Julgado Quinto Penal mediante édito no qual notifica oito anos de prisão para Posada Carriles e Jiménez; sete anos para Novo Sampol, Remón e Matamoros; e quatro anos para Hurtado. Será que o governo dos EUA vai cumprir as regras do direito internacional e extraditar os terroristas? Com a palavra o “senhor” Obama, Nobel da Paz.

Ernesto Germano