sábado, 28 de janeiro de 2012

A VELHA MARMITA RANÇOSA DA MÍDIA BRASILEIRA


Por Cristóvão Feil, do Diário Gauche (publicado originalmente no Jornalismo B*)


O jornal britânico Financial Times, uma das bíblias do neoliberalismo, caiu na real e está fazendo uma série de matérias sobre a crise estrutural do capitalismo, se dando a liberdade de cogitar que estamos experimentando o limiar de um novo sistema de produção, mesmo não se sabendo ao certo aonde iremos. 
Esse não é qualquer jornal. O FT é uma publicação que circula desde 1888, tem uma tiragem diária de 2,1 milhões de exemplares, circula em 140 países e tem agências editoriais em 50 países.
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Corte rápido.
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O diário paulistano O Estado de S. Paulo estampou em suas páginas, no dia 23 de janeiro último, um artigo do ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, em que ele afirma que os altos ganhos salariais são um dos fortes fatores da atual crise econômica da eurolândia. Pronto, sobrou para os assalariados! É inacreditável que a essa altura da crise alguém ainda atribua a mesma motivações que não as das finanças hipertrofiadas, o descontrole do crédito e a desregulação geral da atividade econômica, em especial a liberdade de ação dos grandes capitais bancários na Europa e no mundo todo. 
Observem que enquanto um jornal de reputação internacional – podemos questionar a sua afiliação político-ideológica – trata da crise de forma direta, frontal e corajosa, o outro, um jornal provinciano como o Estadão, insiste em manter um séquito de especialistas em produzir vianda requentada, como se fora algo fresco e atual, para assuntos tão relevantes como a crise do capitalismo. 
Essa é a grande dificuldade da mídia brasileira: servir marmita rançosa como se estivesse oferecendo peixe fresco grelhado sobre folhas tenras. O problema não é o proselitismo de direita tout court, o problema é o proselistismo de direita, proferido por velhos funcionários da ditadura civil-militar (como Maílson e tantos outros) envolto no papel engordurado do palpite manjado, da opinião pessoal e interessada travestida de vontade geral e republicana.
Prestem atenção: a mídia está coalhada de indivíduos, colunistas, apresentadores, leitores de telepromter e outros quetais que estão ali para expressarem as vozes dos seus donos (ou dos seus patrões e dos amigos dos seus patrões). Entretanto, querem representar o papel de porta-vozes do universal, do democrático e do espírito de nosso tempo.
Ainda bem que eles são péssimos atores e atrizes. 
Coisas da vida.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Colômbia: A ditadura que a imprensa golpista não fala


Em janeiro de 2011, a poeta colombiana Angye Gaona voltava de uma viagem para a Venezuela quando foi presa pela polícia da Colômbia acusada absurdamente de “narcotráfico” e “rebelião”. Durante longos 4 meses, mesmo sem provas, permaneceu encarcerada. Vencido o prazo máximo para seu julgamento, Angye teve que ser posta em liberdade. Mas agora, no dia 23 de janeiro de 2012, ela e mais 3 pessoas serão injustamente julgadas e correm o risco de pegar até 20 anos de prisão. 
Para entender o processo kafkiano por qual passa Angye (e milhares de outros colombianos) é preciso entender os reais motivos de sua prisão e, para isso, é preciso compreender a Colômbia, verdadeiro ponto-cego da América, apagada pela mídia e pouco discutida até mesmo pelas organizações de esquerda.
Colômbia: miséria e rebeldia
A Colômbia, apesar de ser a 4ª maior economia da América Latina, é o 3º país mais desigual do mundo: 68% da população são miseráveis e pobres que “vivem” ao lado de uns poucos milionários, como o banqueiro Sarmiento Angulo que domina quase metade do crédito do país, sendo o 75º no ranking dos mais ricos do mundo. Essa imensa desigualdade vem crescendo enormemente com a ação das multinacionais que exploram e roubam as imensas riquezas naturais da Colômbia, agindo sobre 40% do território (áreas já concedidas ou em trâmite).
Esse quadro de desigualdade vem se construindo ao longo da história do país, gerando choques violentos entre liberais, conservadores e comunistas.
Um dos mais marcantes acontecimentos de sua história se deu em 1964, quando liberais e conservadores lançaram o exército contra camponeses rebelados influenciados pelos comunistas, promovendo o Massacre de Marquetália. Desse massacres, escapam para as selvas 48 camponeses que fundam as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e dão início a mais antiga guerrilha do mundo, que controla hoje entre 15% e 20% do território colombiano.
Dentro desse contexto de enormes desigualdades e intensa revolta popular, os governos colombianos (Ayala, Uribe e, agora, Santos) vêm reprimindo duramente qualquer manifestação de pensamento crítico; criminalizando as liberdades de expressão, manifestação e livre organização; e reduzindo as FARC a um grupo “narco-terrorista”, ignorando suas reivindicações políticas. Tudo isso com enorme apoio militar dos EUA (Plano Colômbia) que tem interesse geopolítico e econômico na região.
O terrorismo de Estado na Colômbia
Há na Colômbia pelo menos 7.500 presos políticos: 90% de civis (sindicalistas, jornalistas, acadêmicos, estudantes, ambientalistas, camponeses) e apenas 10% de membros das FARC. Dados oficiais da Defensoria do Povo, vinculado ao Ministério Público da Colômbia, reconhecem que há 61.604 pessoas “desaparecidas” nos últimos 20 anos, sendo que mais 16.655 ainda não receberam esse status, pois desapareceram há “pouco tempo” (os números estimados pelos movimentos são bem maiores). Em 2010, a Central Unitária dos Trabalhadores da Colômbia denunciou que, em 10 anos, 2.778 sindicalistas foram assassinados, ou seja, 60% dos sindicalistas assassinados no mundo. São comuns as práticas de tortura e assassinatos exemplares praticados pelo exército e pelas milícias de paramilitares que são incentivadas e acobertadas pelo governo. Recentemente, foi encontrada bem atrás da força militar Omega (menina-dos-olhos do Plano Colômbia), a maior cova comum do continente com 2000 corpos de “desaparecidos”.angye-i
Os números indicam um novo recorde macabro na América: a “democracia” colombiana tem destruído mais vidas que as ditaduras do Chile e da Argentina juntas (as duas mais sangrentas!).
“E se um menino preso chora, dirás, 
e se um homem é torturado, dirás.”
O terror de Estado na Colômbia tem intimidado a população que se cala para não ser presa ou morrer. Angye Gaona, ao contrário, vem se posicionando publicamente a favor da luta dos trabalhadores, estudantes e dos milhares de presos políticos. Angye, artista de intensa atividade cultural, faz de sua poesia e de sua arte uma arma de luta e esperança para todos que desejam afirmar a vida na Colômbia. Por isso mesmo, o governo de Santos armou sua prisão e agora prepara um julgamento de “cartas marcadas”, que será realizado a 800Km da cidade natal de Angye, impedindo o depoimento e as manifestações das pessoas que a conhecem. O governo colombiano quer prender Angye por ser livre!
Para garantir a liberdade de Angye e dos demais presos políticos é preciso uma campanha internacional que denuncie o terrorismo de Estado colombiano. Calar diante da situação colombiana é aceitar, indiretamente, que o mesmo ocorra no Brasil. É visível, nos últimos anos, o crescente desrespeito aos direitos humanos no Brasil que se manifesta mais claramente nas ações policiais e militares em morros, nas periferias, nas universidades e nas desocupações. É preciso forjar, apesar das dificuldades, a unidade de luta latinoamericana, pois um fantasma ronda a América... e, infelizmente, não parece ser o do comunismo.

Para saber como lutar pela liberdade de Angye Gaona visite o site: Angye Gaona Livre 

Retirado do sítio da Caros Amigos http://carosamigos.terra.com.br/index2/

Trabalho voluntário?

A charge animada que segue no atalho abaixo, até é engraçada, mas subverte a ideia de "trabalho voluntário" e a confunde com a de exploração capitalista. Isto, dento de um absurdo chamado por tantos de "sinal de maturidade do país", ou de "oportunidade única para o Brasil" ou ...

http://charges.uol.com.br/2012/01/17/cotidiano-trabalho-voluntario/

Chico Baeta

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Pinheirinho: um relato franco e desesperado


Por Pedro Nogueira
Ainda estou em choque. Com aquela sensação de que qualquer risada, ou mudança de assunto significa um calar gigantesco sobre a barbárie.
São Paulo está há 17 anos dominado por uma gangue e por seus pastores alemães, rotweillers e pitbulls. Peço perdão. Não são cães – eles não têm tamanha vocação pra crueldade. São monstros. São Paulo não é conservadora. É retrógrada, é atraso. É morte.
Tento fiar minhas esperanças, a cada desânimo que me abate, na dialética da resistência que mostra que quanto maior a pancada, maior a revolta. Me apoio nas pessoas que conheço, nas novas ferramentas de comunicação que ajudam na nossa mobilização. Na fé ateia de que as coisas podem ser melhores. Nas pedras que foram atiradas contra a PM e a GCM armadas. Nos paus que foram utilizados para destruir carros da opressão bruta.
Extraído do sítio www.carosamigos.com.br

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Declaração do PSTU sobre a invasão da PM de São Paulo ao Pinheirinho


• O massacre que aconteceu no Pinheirinho, neste domingo, dia 22, é de responsabilidade total do governador Geraldo Alckmin. Toda a criminosa decisão foi tomada diretamente pelo governador do PSDB. A ação foi claramente um absurdo jurídico, pois passou por cima da orientação do Tribunal de Justiça Federal que, na última sexta-feira, mandou suspender a desocupação. Mesmo assim, o governo do PSDB jogou a tropa de choque da Polícia Militar para expulsar brutalmente os trabalhadores pobres do Pinheirinho de suas casas.

A prefeitura e o governo do estado se aproveitaram da trégua determinada pela justiça federal para atacar o movimento de surpresa num domingo pela manhã. A invasão ocorreu por volta das 6h da manhã, com helicópteros, blindados, armas de fogo, bombas de gás e pimenta e, no mínimo, 2 mil homens vindos de 33 municípios. 
Para o prefeito Cury os pobres não podem morar no Pinheirinho porque a ocupação, que ocorreu há mais de oito anos, fica próxima a bairros de privilegiados da cidade. O PSDB odeia os pobres e protege os ricos!

A prefeitura do PSDB, o governo Alckmin e a PM querem evitar ao máximo a divulgação do número de vítima da desocupação. Querem passar a imagem de uma reintegração “tranquila”. No entanto, o que ocorreu no Pinheirinho foi um massacre apoiado por um gigantesco aparato de segurança, que passou por cima de tudo, até de um mandato judicial federal.

Durante a ação, muitos moradores exibiam seus ferimentos causados pelos disparos de bala de borracha.  Há inúmeros relatos de agressão policial contra idosos, mulheres e até deficientes físicos. A polícia reprimiu os moradores de forma indiscriminada. Inúmeras mães denunciam que foram impedidas pela polícia de pegar os próprios filhos dentro da ocupação. “A gente está aqui é para o ver o bagulho ficar louco” , respondeu um soldados aos apelos de uma das mães”

Dentro das tendas montadas pela prefeitura para abrigar os moradores, a Guarda Civil reprimiu com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha os moradores, boa parte deles mulheres e crianças, que estavam no local. 

A ação militar lembrou a típica política dos governos do PSDB que, diante de graves problemas sociais, jogam suas tropas para massacrar o povo pobre e trabalhador. Foi assim, durante o governo FHC, na ocasião do massacre dos trabalhadores sem terras, em Eldorado dos Carajás (PA), quando 19 trabalhadores rurais morreram. Também foi assim no o massacre de Corumbiara, quando 12 camponeses foram assassinados. 

A velha política do PSDB se repete no Pinheirinho e agora o sangue escorre das mãos de Geraldo Alckmin. O prefeito Eduardo Cury, também do PSDB, é responsável por sua negligência criminosa desde o início e recusa em negociar inclusive com o governo federal. A juíza Márcia Loureiro também é responsável, pois foi quem ordenou diretamente o massacre e manteve uma intransigência cruel. 

Neste momento, é fundamental que o governo federal da presidente Dilma Rousseff se manifeste e intervenha no conflito. Exigimos do governo federal desaproprie o terreno do bandido Naji Nahas para que as famílias pobres do Pinheirinho possam continuar morando em suas casas. O terreno deve ser dos dos trabalhadores e não de um criminosos condenado por corrupção e lavagem de dinheiro!

Também apelamos para a solidariedade aos moradores do Pinheirinho, que precisam de todo o apoio de todos e todas, sejam ativistas, personalidades, políticos ou artistas. Por isso, apelamos para que as organizações dos trabalhadores convoquem atos e protestos de ruas, em todas as cidades do país, para denunciar o massacre de Geraldo Alckmin. Vamos ocupar a praças e realizar protestos contra a ação criminosa do PSDB.

É preciso intensificar as ações de solidariedade em todo o país. O governo do PSDB deve pagar pelo seu crime!

Mais uma vergonha, sob as bênçãos de Obama.


 Em 2004, seis dias antes de terminar o seu mandato, a então presidenta do Panamá, Mireya Moscoso, assinou um indulto perdoando e mandando libertar o terrorista Luis Posada Carriles, então preso por haver comandado uma tentativa de assassinato contra Fidel Castro.
Posada Carriles aproveitou a “sorte” e fugiu para os EUA, onde fixou residência e se tornou “figura importante” em Miami. Lá ele criou um grupo de “amigos”, todos comprometidos com ataques terroristas contra Cuba: Santiago Álvarez, Gaspar Jiménez Escobedo, Pedro Remón e Armando Pérez Roura, entre outros.
Na quarta-feira (18), Mireya Moscoso apareceu em um programa de rádio, em Miami, sendo entrevistada ao lado de Posada Carriles e alguns dos seus cúmplices. Ela disse que não se arrepende do que fez e que “estava apenas ajudando a libertar o povo cubano”. Ao seu lado, também sendo entrevistado, um dos maiores torturadores da Venezuela da década de 1980, conhecido como “Comisario Basilio”, da polícia política venezolana que se dedicava a caçar estudantes “rebeldes” para torturá-los e depois “desaparecer” com eles.
Isto tudo acontece em Miami, sob as bênçãos do governo.

Ernesto Germano

No Chile, agentes da CIA mataram estadunidenses.

O tema é conhecido e já foi tratado no filme “Missing” (“Desaparecido”). Agora os dados são completos e mais duros. Um juiz chileno está processando um oficial da reserva, da marinha dos EUA, capitão Ray E. Davis, pelo assassinato de dois cidadãos estadunidenses durante o golpe de Pinochet. A acusação afirma que militares dos EUA e agentes da CIA teriam sido responsáveis pelo assassinato de Charles Horman, de 31 anos, e Frank Teruggi, de 24 anos. Ambos haviam sido presos no golpe militar e friamente executados. A matéria é longa, com muitas informações, e pode ser lida em http://www.elclarin.cl/web/index.php?option=com_content&view=article&id=3627:la-seguridad-nacional-de-eeuu-asesino-estadounidenses-en-chile-en-1973&catid=1:politica&Itemid=11 

Hitler teria inveja!


  “Limpeza genética” é isto aí! A matéria foi publicada nesta semana pelo jornal estadunidense “Daily Mail” e revela que, em 1930, cerca de 60 mil afrodescendentes, pobres, que viviam nos EUA foram esterilizados a força para “melhorar a raça humana”! O jornal destaca que os principais alvos da medida foram adolescentes de famílias numerosas, crianças com baixo coeficiente intelectual e pessoas com problemas mentais e/ou emocionais porque “pioravam” a espécie humana.
Segundo os dados, cerca de 60 mil pessoas, em 30 estados, foram obrigadas a fazer a vasectomia ou ligadura de trompas, mas o caso foi depois abafado. Agora o governo está pagando 50 mil dólares de indenização para cada um dos afetados pela medida, por “danos causados”. A matéria está em http://www.telesurtv.net/secciones/noticias/102790-NN/eeuu-esterilizo-forzosamente-a-60-mil-personas-en-1930-por-ser-de-genetica-indeseable/

Ernesto Germano

No “país da liberdade”.


  Uma lei aprovada no estado do Arizona (EUA) resolveu de vez a questão racial no país: agora estão proibidos todos os livros que falem de racismo ou problemas étnicos! Pronto, acabou, não se fala mais nisto.
Os funcionários do departamento de educação no Arizona já estão fazendo uma lista dos livros que serão proibidos nas escolas. Entre os livros proibidos estão: “A Tempestade”, de Shakespeare; “Pedagogia do Oprimido”, de Paulo Freire; “América ocupada”, de Rodolfo Acuña... Além disto, os professores foram avisados de que devem se afastar de qualquer livro em que “raça, etnia e opressão” sejam temas centrais. Para ler a notícia: http://www.democracynow.org/es/2012/1/17/titulares#17
Que esses caras sejam tirânicos, tudo bem. Faz parte da lógica de autodeterminação dos povos, que tanto defendemos, isto é, se o povo estadunidense assim o quer. Mas por favor não venham com essa hipocrisia de se aclamarem democracia. E chamo aqui à responsabilidade as pessoas que, de uma forma ou de outra, colaboram para enaltecer e assim reforçar aquele país. 
Ernesto Germano e Chico Baeta

Máquinas de Guerra.


 Importantíssima a matéria de Silvia Ribeiro, investigadora do Grupo ETC. Tomando como base uma reportagem de Jeremy Scahill publicado em The Nation (Blackwater`s Black Ops, 15/09/2010), ela mostra que o maior exército mercenário do mundo, Blackwater (agora denominado Xe Services) vendeu serviços clandestinos de espionagem à multinacional Monsanto.
A Blackwater mudou de nome em 2009, depois de tornar-se famosa em todo o mundo pelas denúncias sobre seus abusos no Iraque, incluindo os massacres de civis, mas continua sendo o maior contratante privado do Departamento de Estado dos EUA  em “serviços de segurança”, ou seja, para praticar o terrorismo de estado dando ao governo a possibilidade de negar sua autoria.
Muitos militares e ex-oficiais da CIA trabalham para a Blackwater ou para alguma de suas empresas vinculadas, que criou para desviar a atenção de sua má fama e gerar mais lucros vendendo seus nefastos serviços – que vão desde informação e espionagem até infiltração, conspirações políticas e treinamento paramilitar a outros governos, bancos e empresas multinacionais. Segundo Scahill, os negócios com multinacionais - como a Monsanto e a Chevron, e gigantes financeiros como a Barclay’s e Deutsche Bank -, são canalizados através de duas empresas que são de propriedade de Erik Prince, dono da Blackwater: Total Intelligence Solutions e Terrorism Research Center. Estas compartilham  oficiais e diretores com a Blackwater.

Rick Perry defende soldados que urinaram em cadáveres.

 O pré-candidato republicano à Presidência dos EUA Rick Perry criticou neste domingo (15) o presidente Barack Obama pela dura condenação ao vídeo mostrando quatro marines estadunidenses zombando e urinando em cadáveres no Afeganistão. “É claro que garotos de 18 e 19 anos cometem erros estúpidos de vez em quando. E foi exatamente o que aconteceu aqui. (...)”.


Obs.:

Pelo que se sabe, até agora, nenhum soldado foi condenado ou suspenso. A convenção de Genebra proíbe a degradação de cadáveres. As autoridades militares estadunidenses já interrogaram dois dos soldados que aparecem no vídeo na quinta-feira (12). Segundo confirmou à Agência Efe uma fonte do Pentágono, sob a condição do anonimato, os soldados que aparecem na gravação pertencem ao terceiro batalhão do segundo regimento, baseado em Camp Lejeune, na Carolina do Norte.

Quem é o “terrorista”?


 Rick Santorum, candidato republicano à Casa Branca, classificou como “maravilhoso” o assassinato do cientista nuclear iraniano! Em seu discurso de campanha, na Carolina do Sul, ele disse que “Em certos momentos, cientistas que trabalham no programa nuclear do Irã aparecem mortos. Penso que isto é algo maravilhoso, francamente.”

Agora é o Irã?


Inglaterra não descarta ataque ao Irã. No domingo, dia 15 de janeiro, o ministro britânico de Relações Exteriores, William Hague, disse que a Inglaterra não descarta um ataque militar contra o Irã. “Acreditamos que todas as opções devem estar na mesa... Isto é parte da pressão contra o Irã”, disse ele.
Sob o comando de Obama, os países “aliados” estão ampliando as sanções contra o Irã. A Inglaterra já rompeu transações com todos os bancos iranianos e a França está propondo interromper a compra do petróleo iraniano para provocar uma crise no país.
Uma operação militar contra o Irã? O governo iraniano acusou formalmente Israel pelo assassinato de Mostafa Ahmadi Roshan, cientista nuclear, e disse que esta morte não vai impedir que continue a desenvolver pacificamente sua tecnologia nuclear. Além disto, ao saber das novas sanções enconômicas programadas pelo governo dos EUA, anunciou que sua marinha pode fechar o Estreito de Ormuz, importante passagem de navios pelo Golfo Pérsico.
Imediatamente depois do anúncio, o governo Obama mandou seus porta-aviões da Quinta Frota para o Golfo Pérsico e navios britânicos se apressaram para se juntar aos “aliados”. Mas o governo iraniano respondeu realizando um exercício naval intitulado Velayat-90 (Supremacia-90) e utilizou pela primeira vez os novos mísseis de longo alcance, o que provocou uma onda de ataques através da mídia “amestrada”.
No próximo dia 23 de janeiro, em uma importante reunião do Comitê de Assuntos Exteriores da União Europeia, pode ser votada a proposta francesa de suspender toda a compra de petróleo do Irã. Mas, se o governo iraniano cumprir a promessa de fechar o Estreito de Ormuz, cortaria em quase 90% todas as exportações de petróleo das nações do Golfo Pérsico. Pelo Estreito passam quase 40% de todos os embarques marítimos de petróleo do planeta (cerca de 17 milhões de barris por dia)!
Fonte: http://www.globalresearch.ca/index.php?context


Ernesto Germano

Israel pode?


 Procurem um mapa e vejam a localização de Israel. Qual o seu litoral? Por quantos oceanos é banhado? Será que justifica a compra de um submarino nuclear?
Pois Israel acaba de comprar mais um submarino nuclear, o sexto da sua frota, construído na Alemanha. Avaliado em 700 milhões de dólares, cada submarino da classe “Delfim” pode conduzir quatro mísseis nucleares com capacidade de alcançar objetivos a 1.500 quilômetros! Militarmente, são chamados de “armas do juízo final”.
Agora respondam: e se Cuba comprasse um submarino desses? E se a Venezuela comprasse um? O que estariam dizendo os nossos “queridos e livres” jornais? 


Ernesto Germano

Jornalista britânica desmente nossos “muito confiáveis” jornais.


 Lizzie Phelan, jornalista britânica que visitou a Síria e passou uma semana no país, desmentiu nesta terça-feira (17) as notícias sobre a exagerada violência que estaria acontecendo no país. Depois de visitar várias cidades, Lizzie Phelan permaneceu em Damasco e disse estar surpresa com o que viu, se comparado com o que os jornais noticiam. Ela garante que não viu tropas do exército ocupando as ruas e nem grandes manifestações contra o governo. Assegurou que viu uma vida normal e que “as pessoas vão para a escola ou para o trabalho” calmamente. Ver em:

Inglaterra: meio milhão de crianças ameaçadas pela pobreza.


 O terrível “plano de ajuste” que está sendo imposto na Inglaterra pelo governo neoliberal tem um resultado claro e bem definido. Segundo o estudo conjunto de dois respeitados institutos britânicos, o Family and Parenting Institute (FPI) e o Fiscal Studies Institute (FSI), a redução de benefícios sociais e o aumento do IVA (Imposto sobre Valor Agregado, taxa aplicada na União Europeia que incide sobre a despesa ou o consumo), entre outras medidas, lançará meio milhão de crianças e adolescentes na pobreza absoluta. O estudo mostra que a receita média das famílias britânicas com crianças, que diminuiu 4,2% em 2010-2011, seguirá caindo. Em 2015 esse tipo de famílias experimentará um corte em suas receitas de aproximadamente dois mil dólares anuais.
O impacto é especialmente devastador para as famílias mais pobres. A Lei de Pobreza Infantil de 2010 define a pobreza absoluta como uma renda 60% abaixo da média nacional. Com base nesta medida, o FPI e o FSI calculam que 500 mil crianças ficarão abaixo desta linha: cerca de 300 mil menores de cinco anos.
Hayek, pai do neoliberalismo, escreveu em um dos seus livros que “Nada é devido em particular aos débeis, aos de pouca educação, o que acontece com eles é sua culpa, nunca culpa da sociedade”. Margareth Thatcher, sua mais fiel discípula, disse que “é nossa tarefa glorificar a desigualdade e ver que se liberam e se expressam os talentos e as habilidades para o bem de todos.” E assim caminha a Inglaterra!
Um informe do Center for Economic and Business Research (CEBR) assinala que o Reino Unido entrará em recessão este ano e que haverá 3 milhões de desempregados em 2013. Nos últimos quatro anos, o nível de vida dos britânicos caiu cerca de 28%.

Juiz que tentou prender Pinochet está sendo julgado.


 É a direita espanhola mostrando sua força! O juiz espanhol Baltazar Garzón começou a ser julgado nesta terça-feira (17), em Madri, sob acusação de abuso de poder durante investigação que desmantelou uma rede de corrupção. Famoso por sua militância na área de direitos humanos, o juiz está no banco dos réus suspeito de autorizar ilegalmente a gravação de conversas entre chefes da rede Gürtel e seus advogados.
Garzón tornou-se conhecido nos anos 1990 quando emitiu uma ordem de prisão contra o ex-ditador Augusto Pinochet, que se encontrava em Londres, pela morte e tortura de cidadãos espanhóis durante seu regime (1973-1990). Mas a acusação de agora é movida por dois empresários da Gürtel que aguardam julgamento por supostamente terem subornado membros do PP (Partido Popular), grupo político conservador de direita que reassumiu o poder no país. A Gürtel é considerada de formação de quadrilha com objetivo de corrupção política e é acusada de ser vinculada ao PP.

Ernesto Germano

Chile: a ditadura não acabou.


 O presidente do Colégio de Professores do Chile, Jaime Gajardo, denunciou a expulsão de três mil estudantes de seus colégios e a dispensa imposta a centenas de professores por participarem em mobilizações contra o atual modelo educacional. Gajardo apontou que em certos municípios há uma verdadeira operação de “castigo” contra os alunos e docentes que apoiaram o Movimento Social pela Educação Pública e Gratuita. E destacou que, além do cancelamento de matrículas de alunos que protagonizaram ocupações de seus centros docentes, há uma política de demissões em massa de docentes e outras arbitrariedades quanto ao pagamento salarial, situação que afeta em particular a uns quatro mil professores.

Ernesto Germano

Pobre México.


 Alinhado com as políticas neoliberais e fiel vassalo dos EUA, o México está levando sua população ao extremo da barbárie. Entre uma crise econômica que não tem fim e o domínio dos grupos narcotraficantes que dominam as fronteiras ao norte do país, afunda cada vez mais em uma situação lamentável socialmente.
As mais recentes notícias que nos chegam mostram que os indígenas mexicanos, da etnia rarámuri, estão se suicidando em consequência da fome e da miséria. Só no mês de dezembro foram 50 suicídios no estado de Chihuahua, no norte do México.
Os rarámuris, também chamados de tarahuamaras, ocupam uma larga extensão do território ao sudoeste do estado de Chihuahua, na Serra Madre Ocidental, que alcança altitudes entre 1.500 e 2.400 metros acima do nível do mar. Eles se jogam de encostas elevadas, como principal modo de suicídio.

Ernesto Germano

Mais uma farsa montada

 Nossos jornais estão abrindo espaço para noticiar, com escândalo, “a morte de mais um dissidente cubano preso”. Segundo os jornais, ele teria morrido depois de uma “greve de fome”. Os fatos, no entanto, são bem diferentes: Wilmar Villar Mendoza estava preso, condenado a quatro anos, por ter agredido publicamente sua esposa, espancando-a e resistindo à prisão quando sua sogra chamou a polícia. Ele faleceu devido a complicações respiratórias depois de uma pneumonia. Estava sendo atendido na UTI do Hospital Clínico e Cirúrgico “Doutor Juan Bruno Zayas”, em Santiago de Cuba.