sábado, 10 de abril de 2010

Menos um fascista na África do Sul. E no Rio de Janeiro?



Esta imagem acima é do funeral de Eugene Terreblanche, líder rascista morto há dois dias, membro do partido AWB, pró apartheid da África do Sul. Reparem nos símbolos das bandeiras e das mãos estendidas à direita, que lembram tempos sombrios vividos neste mundo há pouco.

Quando eu olho para a África do Sul e volto meus olhos para o Rio de Janeiro e vejo muros sendo levantados para esconder a favela, quando vejo a tentativa massiva de criminalizar a pobreza, quando ouço discursos fascistas de que a culpa da tragédia recente que se abateu no Estado é do favelado que ocupou as encostas de maneira irregular... temo. A onda fascista pode atravessar o atlântico como em outros tempos nada remotos.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

O Juízo Final ou a Seleção Natural, alguém terá que dar conta disto!

http://mais.uol.com.br/view/gce2c85st888/em-caruaru-susana-vieira-diz-em-que-esta-na-selva-04029A3968C8C98326?types=A

Com absoluta exclusividade o blog Vozes da América conseguiu captar um áudio de uma das mais difíceis abstrações, que embora seja raro sua gravação, é cada vez mais corrente em nossa sociedade "sapiens sapiens"... a imbecilidade humana. Todos os pesquisadores sabem de sua existência, todos nós conhecemos de perto um imbecil, mas poucos conseguimos um áudio tão explícito e perfeito. Aos que forem abrir, sugerimos que retirem de perto do computador as crianças, os idosos, os cardiácos e os epiléticos, pois o texto-flagrante é muito forte.

Obs.: Esta gravação foi feita em Pernambuco. Para apresentar a "Paixão de Cristo", Susana Vieira diz que se sente na selva em Caruaru, após se machucar com um tronco de uma árvore "que está seca há mais de cinco mil anos".

Em tempo: Se Jesus Cristo existiu e, consequentemente ele for filho de Deus, suponho que nem sua mais decantada compaixão perdoará tamanha aberração de uma das espécies que o Criador mais se gabaria de ter criado.

Em tempo 2: Onde está Darwin para explicar cientificamente a razão de a evolução das espécies não ter feito um filtro natural nesta senhora que envergonha a raça humana. E a seleção natural Darwin?

Em tempo 3: Se esta senhora-aberração for cristã, me parece que não entendeu nada sobre o que foi representar em Caruaru sobre a "paixão de Cristo".

Em tempo 4: Por que este graveto que a senhora-aberração cita errou o buraco?

Em tempo 5: A senhora-aberração fala em inteligência. Será que ela sabe o que está falando?

A ignorância deve ser combatida e o preconceito também


Vozes da América presta serviço a "grande imprensa" fascista.
Os sítios acima mostram mapas do município do Rio de Janeiro e visa ensinar para a mídia aquilo que ela insiste em não aprender.
Na visão dela, a catástrofe que a cidade vive e que até agora já apresenta 100 mortos se deu: 1."ZONA SUL" - insistentemente aparecem imagens da Lagoa, do Canal de Alah, do Túnel Rebouças, da orla de Ipanema e do Leblon;
2. "ZONA NORTE" - Tijuca e Grajaú? No máximo o Maracanã;
3. "ZONA OESTE" - Barra da Tijuca e Recreio???
4. "ACESSOS" - Av. Brasil, Linha Amarela e Linha Vermelha.
Esta é a cidade do Rio de Janeiro para a imprensa e nem isso para o Manoel Carlos! Algumas dúvidas me saltam: Será que a zona norte de fato e a zona oeste de fato foram submersas pelas chuvas e hoje habitam o mesmo ponto perdido no Oceano que a lendária Atlântida, por isso não são noticiadas? Será que os helicópteros não chegam a lugares como Oswaldo Cruz, Madureira, Marechal Hermes, Campo Grande, Santa Cruz...? Ou lá não choveu? Ou lá pouco importa?
De qualquer forma nossa contribuição é indicar os mapas acima e apontar o geografia da cidade para os ignorantes e para os preconceituosos.
http://www.cederj.edu.br/atlas/rio_janeiro_tab7.htm Este sítio mostra pessoas não alfabetizadas entre 35 e 39 anos pela cidade e talvez explique as razões de ocultação geográfica da mídia.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Memórias de uma pedra

Eu não sei bem quando nasci, mas parece que na última sexta-feira, 02 de Abril , alguns cientistas reproduziram meu nascimento em laboratório, naquilo que ficou conhecido como “big bang”, fato que no mínimo questiona a ideia dos humanos de existir um Ser supremo criador de tudo, inclusive de mim.
Ao longo da história fui arma e fui devoção. Servi a vários povos como instrumento de exércitos, arremessada por braços fortes ou por tecnologias como atiradeiras ou catapultas. Fui ligação entre os homens e seus deuses e depositada em oráculos como se divindade eu fosse.
Fui brincadeira de criança, de jogo de amarelinha a resta um e ai ganhei o bucolismo que sinto saudades enquanto os desgastes de meus grossos cascos se acumulam nos cantos por onde passo.
No Brasil, aceitei o papel de coadjuvante para as frágeis garrafas de vidro, quando o povo foi às ruas protestar contra o Imperador D. Pedro I na “noite das garrafadas”. Mas fui preponderante nas manifestações estudantis das décadas de 60, 70 e 80 no mundo todo e me realizava quando me arremessavam nas portas do Mac Donald’s ou na embaixada dos EUA e, no estilhaçar dos vidros no chão, delirava ao ouvir os gritos racionalmente ensandecidos da juventude que acreditava transformar o mundo. Fui várias vezes arremessada nos carros de reportagem da Globo, n0 final da década de 80 aos gritos de “o povo não é bobo, abaixo a rede globo”.
Fui protagonista de poeta que me viu no meio de caminho e teve a honradez de não me chutar. Fui tema de movimento musical de uma juventude que não via razão de deixar pedra sobre pedra em era de guerra fria.
Mas desde os primórdios, quando a fricção entre duas de mim atiçavam o fogo, até hoje, de tudo que vivi e representei, o que mais me dói é ser símbolo de um povo que ninguém escuta. É ser a “bandeira” de uma nação sem pátria, é viver vendo outras de mim desabar no formato de casas que já não mais protegem, são escombros. È estar nas mãos de uma criança que me segura com um ódio ancestral e não a um lápis para escrever a história de um povo que de tanto amar, se reconhece, se admira, se cultua... Palestino.