sábado, 20 de março de 2010

ATENÇÃO: MALUF PODE ENFIM SER PRESO EM 181 PAÍSES (menos no Brasil)

Maluf é incluído em lista da Interpol por desvio de dinheiro da prefeitura de SP




Agência Brasil
Publicação: 19/03/2010 20:17 Atualização: 19/03/2010 20:36
São Paulo – Acompanhado por duas fotos e com um alerta de “procurado”, o nome do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) aparece desde o ano passado em uma das páginas da Interpol, a polícia internacional. Maluf aparece no site da Interpol integrando a chamada “difusão vermelha”, que seria uma espécie de alerta máximo e que significa que o deputado não poderá se deslocar para um dos 181 países integrantes da Interpol sob risco de ser preso.

A ação que desencadeou a inclusão do nome de Maluf na Interpol é da promotoria criminal de Nova York (nos Estados Unidos) que acusa o deputado de ter participado de uma conspiração para roubar dinheiro da prefeitura de São Paulo, crime que teria tido início em janeiro de 1993 quando Maluf foi eleito prefeito. Em Nova York, Maluf é acusado de conspiração em quarto grau, ocultação de valores desviados e de roubo de dinheiro do município.“Os conspiradores engendraram um esquema de superfaturamento e de propina envolvendo a construção municipal de uma avenida arterial em São Paulo conhecida como projeto da Avenida Água Espraiada” (atualmente chamada de Jornalista Roberto Marinho), diz documento assinado pelo promotor norte-americano Robert Morgenthau. O esquema teria funcionado com participação de empresas brasileiras de construção, com utilização de faturas superfaturadas.Segundo Morgenthau, Maluf teria transferido os “recursos roubados” da prefeitura da capital paulista para uma conta em Nova York, que recebeu o nome de Chanani. De lá, o dinheiro teria seguido para uma conta bancária nas ilhas de Jersey. O promotor norte-americano também acredita que o dinheiro aplicado na conta bancária de Nova York tenha retornado ao Brasil para comprar artigos pessoais e pagar despesas relativas a campanhas políticas brasileiras, entre elas, a do ex-prefeito Celso Pitta, que administrou a cidade entre 1997 e 2000.“Ele não é preso no Brasil porque deveria haver um pedido de extradição da Justiça de Nova York para o Brasil. Mas ele não pode ser extraditado porque a Constituição brasileira proíbe a extradição de brasileiro nato”, explicou o promotor do Ministério Público de São Paulo Silvio Marques. O promotor acredita que Maluf tenha desviado US$ 166 milhões dos cofres da prefeitura para a sua empresa, a Eucatex.Segundo o sítio da Interpol, pesam contra Maluf acusações de fraude e roubo. Além do deputado, também é “procurado” pela Interpol o seu filho Flávio Maluf.Os advogados de defesa do deputado suspeitam de que a denúncia possa conter alguma influência política, já que Maluf aparecia no sítio da Interpol há pelo menos seis meses e o fato só foi divulgado agora, próximo das eleições. O promotor negou influência política. “Não se trata de perseguição política e sim de um processo criminal em razão dele ter cometido crimes nos Estados Unidos. Até porque não haveria motivo nenhum para a promotoria de Nova York estar perseguindo o ex-prefeito que lá não tem nenhuma influência política”, disse Marques.O promotor também negou que a ação tenha sido uma forma de represália contra Maluf, que é autor de uma lei apelidada de “mordaça”, que está tramitando no Congresso e que defende multa ao promotor que esteja agindo politicamente num processo. O projeto deve ser votado na semana que vem.O advogado Mauricio Silva Leite, um dos cinco defensores do deputado no caso, diz que uma ação já foi impetrada no início de fevereiro tentando anular a ação. “Considero esse ato uma violência, uma afronta à soberania do Brasil e uma afronta também ao Congresso Nacional. Seria mais ou menos um promotor estadual de Santa Catarina ou do Acre mandar uma ordem para a polícia internacional para criar uma restrição para um congressista americano. Para mim isso é uma ilegalidade”, afirmou.Além desse processo que corre na justiça de Nova York, Maluf também está sendo investigado em dois processos que correm atualmente no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Silvio Marques, nos processos que correm no Brasil o deputado é acusado de corrupção e de lavagem de dinheiro.
A matéria acima fora extraída do Jornal Correio Braziliense de 19 de Março de 2010. Abaixo um pequeno comentário do "Vozes da América".

Obs.: Até a imprensa burguesa, que financiou Maluf várias vezes, teve que se render ante ao óbvio. A questão é que este bandido é tratado como "Vossa Excelência", "o Deputado Federal"," o ex-prefeito de São Paulo", "o empresário dono da Eucatex"... E isto por que roubou milhões de dólares de DINHEIRO PÚBLICO, que ajudaram a matar muitas pessoas vítimas da falta de verbas em hospitais públicos, que contribuíram para a falta de merenda e de professores nas escolas públicas. Este bandido, não é tratado assim pela imprensa que o fez. Enquanto isto, no país da aberração, uma senhora presa por roubar margarina e um supermercado, continua detida após um ano de cárcere e é tratada, assim como as milhares de CRIANÇAS abandonadas, como "trombadinha", "bandido", "marginal"...

Aonde está a malufista assumida Hebe Camargo ??? Que cansou de usar seu "programa" (com o perdão da expressão) para "exigir das autoridades a diminuição da maioridade penal" sempre que um adolescente pobre ou criança miserável cometia algum tipo de crime, bárbaro ou não? Aonde está o Cansei, grupo fascista de São Paulo, que conta com a citada apresentadora, com a Ivete Sangalo (apologista da pedofilia), com a Regina Duarte e outros e outras escórias da sociedade. E por falar em pedofilia onde anda a Igreja Católica que apoiou Maluf em vindouros tempos em São Paulo? Apareçam, mostrem suas caras sem a máscara que os caracterizou em épocas de vacas gordas.

Mídias alternativas

A busca por informação é uma necessidade básica do nosso tempo. O problema é que o monopólio dos meios de comunicação pertence a dois, três impérios no Brasil e no mundo, fato que nos deixa soterrados de UM só tipo noticiário, os mesmos que criminalizam o pobre e a pobreza, se negam a discutir seriamente o aborto e a pena de morte, pois sabem que as soluções fáceis viram bandeiras fáceis para justificar o fascismo social crescente, que vê alma em feto mas não vê alma em marginal, que prega o extermínio da favela por considerá-la um nicho da marginália e isolam a favela com muros de "contenção sonora". Para driblar esta unilateralidade da informação que na melhor das hipóteses nos emburrece, o sítio http://www.vozesdaamerica.blogspot.com/ vem sugerir alguns endereços de mídias alternativas que, vale lembrar, não dizem "a verdade", mas sim outras versões diferentes das versões banalizadas pelo monopólio de mídia.
0. www.carosamigos.com.br - Revista mensal com uma visão assumidamente de esquerda.
1. http://diplo.org.br/ - Sítio do Le monde diplomatique no Brasil
2. http://www.granma.cu/ - sítio do Jornal cubano Granma
3. http://www.transparencia.org.br/index.html - Sítio sem conotação de esquerda, mas que se pretende ser um fiscalizador do dinheiro público, apresentando todas as contas dos deputados e senadores, prefeitos e governadores.
4. http://www.cartamaior.com.br/ Sítio da revista semanal Carta Capital, que tende a mostrar os dois lados da história, pois tem articulistas à esquerda e à direita.
5. http://www.anovademocracia.com.br/ Sítio de esquerda, mas não ligada a nenhum partido político.
6. http://www.pstu.org.br/ Sítio ligado ao partido Marxista Trotskysta PSTU
7. http://www.pcb.org.br/ Sítio do Partido Comunista Brasileiro
8. http://www.adital.com.br/ Sítio de informações sobre a América Latina
9. http://www.ezln.org.mx/ Sítio do Movimento Zapatista do México
10. http://www.josemartirj.webnode.com/ Sítio da Associação Cultural José Martí, casa de amizade Brasil-Cuba.
11. http://www.cecac.org.br/
12. http://www.pcv-venezuela.org/ Sítio do Partido Comunista da Venezuela
13. http://www.neruda.uchile.cl/ Sítio da Universidade de Chile sobre Pablo Neruda, pois sem poesia não haveria vida.
14. http://www.releituras.com/ Sítio para quem gosta de cultura
15. http://www.fundacionneruda.org/ Sítio da Fundação Pablo Neruda.
16. http://www.wallacecamargo.blogspot.com/ EXCELENTE!!!
16. Outras possibilidades interessantes:
a) Blog do Emir Sader
b) Blog do Juca Kfouri
c) Agora é a sua vez! Vá além do MSN e do Orkut, busque. Leia. "Navegar é preciso, viver não é preciso"

Boas leituras!

Greve, uma necessidade dos trabalhadores, um instrumento contra as elites!

O que move a sociedade, em qualquer tempo histórico, é sua capacidade de se indignar frente as injustiças. Mas, cabe dizer sobretudo aos mais jovens, que a mera discordância solitária, não passará nunca de uma crise individual e, portanto, não irá contribuir efetivamente para a mudança daquilo que se acha injusto.
Digo isto por trabalhar com jovens de várias tonalidades da classe média, alta, baixa, baixíssima e "todos" compram a ideia maldosa e geral dos veículos perversos de comunicação de massa de que greve é um atraso, "prejudica o desenvolvimento", "retarda o MEU curso e portanto a MINHA formação acadêmica", "prejudica o doente nos hospitais", "atrapalha os serviços prestados", e por aí vão as doses cavalares de ideologia que a burguesia usa para convencer a sociedade que a greve é um problema.
Ora, me parece fácil entender as razões da burguesia se dividirmos suas preocupações em duas: A primeira vou chamar de "imediata". Como são donos dos meios de produção, verem emperradas suas máquinas significa ausência de lucro, pronto! Mexeu com a parte mais sensível do empresário, quase sempre um ser insensível. Por que deveria me preocupar com o trabalhador, sua mulher e seus filhos, suas necessidades básicas, sua fome, se devo me preocupar com minhas lanchas, meus carros, minha casas e minha conta bancária alta?
A segunda preocupação da burguesia chamarei aqui de "manutenção do status quo". Essa é muito mais grave do que a primeira, pois mexe com a condição de estado, com a permanência do sistema opressivo que ela montou e que as greves, se constantes e articuladas podem vir a desmontar. As elites sabem que seu sistema funciona de cima para baixo e que, a parte governante é ínfima se comparada ao restante da sociedade. Por isto seus aparelhos ideológicos (TV, jornais, internet, rádios...) estão sempre a serviço da manuteção da ordem (status quo) e a ideia de menosprezar, ridicularizar, criminalizar as greves e outras manifestações populares faz parte da grade diária das mais diversas mídias.
Portanto, caros amigos, pensem duas vezes ao repreender uma greve como por exemplo nas Universidades públicas, geralmente sob o argumento de que "vai atrasar meu curso
", uma vez que se não fossem elas, as Universidades Públicas já teriam fechado e/ou sido privatizadas há muito tempo como estava previsto na arquitetura do "Plano MEC-USAID" nos ventre da ditadura militar brasileira, que redirecionou verbas públicas para o ensino privado, minimizou a escala risível o investimento na área de humanas, privilegiou o ensino técnico no estilo fordista em detrimento do ensino universitário, retirou das grades das faculdades de medicina, enfermagem... a disciplina sociologia, diminuiu os tempos de história e geografia do ensino médio e criou a maldade da tal "educação moral e cívica" para exaltar o sistema autoritário do pós 64. E isto, vale lembrar, com total apoio material e imaterial dos EUA, afinal o plano leva a assinatura de Tio Sam "Usaid". Mas por favor não pensem que esta política ficou nos idos dos anos 60 e 70, pois desde a Era Collor, com a benção dos EUA agora travestidos de Consenso de Washington, o neoliberalismo brasileiro voltou suas cargas e seus ódios contra os nossos mais caros bens públicos e de novo a condenação da universidade, da saúde, se ancorou nas Puc's, estácios, FGV's, ESPM's ou nas Unimed's, Golden Cross, Bradesco... O mestre do neoliberalismo brasileiro, Fernando Henrique Cardoso, que vendeu quase todas as nossas riquezas, foi o sucessor do mal sucedido Collor e há 8 anos Luis Ignácio de maneira mais sútil e dissimulada que FHC, vem dando sequência a política neoliberal, como por exemplo as vagas nas universidades privadas bancadas pelo governo chamadas de Prouni, ao invés de abrir novas vagas nas Uniersidades Públicas.
O que temos que ponderar é que país queremos, para quem queremos e para que queremos. E se vocês forem na montagem da estrutura colonial brasileira, verão que pouca coisa basilar mudou: continuamos latifundiários, dependentes do capital externo, governados por uma minoria com o rabo preso no eixo Europa e EUA, e de certa maneira, escravistas. Penso que o que nos falta é "raiva"! Penso que o que nos falta é canalizar esta raiva, esta indignação e voltarmos para as ruas, exigindo nossos direitos fundamentais e derrubando as estruturas carcomidas do velho colonialismo que insiste em se reeditar a cada governo com a capa das velhas novidades.

Greve de Professores em São Paulo

Este blog, humildemente pois sabe de sua força e abrangência, apóia os bravos professores paulistas que estão em greve há 12 dias. As reivindicações são tão velhas quanto o descaso do poder público paulista com a educação: salário, condições de trabalho, jornada de trabalho, aprovação automática para fazer crescer os números do Estado a maquiar que as coisas vão bem... A novidade, e infelizmente em nosso tempo isto é raro, é que as ruas voltaram a ser palco de grandes manifestações contra o Governador José Serra, isto mesmo, aquele que pretende ser Presidente da República a partir de 2011. As imagens dos grevistas nas ruas me tomaram e, agoram, me ajudam a teclar estas linha em total solidariedade a greve dos professores. Abaixo reproduzo uma carta retirada do sítio do sindicato dos professores de São Paulo sobre a greve, http://apeoespsub.org.br/, boa leitura.


CARTA ABERTA AO SR. GOVERNADOR JOSÉ SERRA,
PREZADO SR.,
Começo a me questionar, enquanto Educadora da Rede Pública do Estado de São Paulo, há dezessete anos, como conseguimos chegar a tamanho descaso e desconsideração com a Educação num momento tão decisivo para a história do país de crescimento acelerado quer econômica ou culturalmente falando.
Não consigo entender tamanha raiva e falta de diálogo que caracterizam o governo do Estado de São Paulo quanto à figura do professor.
Sinto um enorme pesar no tratamento a nós dispensado e não vejo motivo para tal.
Pergunto-me constantemente o que teria acontecido ao nosso governador atual, para deter sentimentos tão mesquinhos para com a nossa categoria.
Qual não foi meu espanto ao ser informada de que a mãe de nosso governador também exercera a nossa profissão, mas acredito que em momentos melhores do que estes por nós vivenciados.
Será que terá sido o fato de a mãe do candidato ter sido professora e seu tratamento com o filho ter sido tão traumático assim, a ponto desse trauma ser transferido a categoria inteira? Mesmo que fosse verdade, não haveria justificativa para generalizar toda uma categoria, na pior das hipóteses. Terá sido uma professora tradicional e autoritária do tipo “era da palmatória”?
Não sei o que causa tanto rancor para conosco, poderíamos justificar esse desdém psicologicamente falando como traumas da infância ou adolescência, ou ainda, o que seria mais verossímil, uma simples apatia ao grupo de servidores públicos em geral.
Por favor, entenda como um desabafo de alguém que não só fala em nome da categoria, mas que pretende que estas mal traçadas linhas possam levar à reflexão do nosso lado, dos conflitos que afligem a categoria e dos esforços que fazemos para superá-los, a fim de cumprir nossa missão.
Ao governador quero reiterar que os tempos passaram. Nós, da Educação acompanhamos essa mudança, nos atualizamos, já não há mais “palmatória”, hoje o cerne de nossa profissão está centrado no aluno e na qualidade de sua aprendizagem. A formação plena do educando enquanto cidadão consciente e participativo na sociedade a qual pertence.
Pode parecer que não, mas a nossa categoria entendeu a mudança e não se negou a aceitá-la, inclusive as Propostas Curriculares implantadas pelo governo, apesar de o Currículo Unificado ser tão criticado por parte dos grandes estudiosos educacionais da atualidade.
Contudo, não resistimos à mudança, oferecemos sim uma oportunidade a ela de melhoria à Educação, conforme preza toda a nova proposta curricular, mesmo que a mesma não seja tão boa quanto pretende-se que seja.Não teríamos direito à consideração e valorização como um todo?
Por que, para tal, precisamos fazer uma “provinha” para ter direito a algo que já é nosso por direito, pois todas as categorias têm direito aos reajustes de perdas salariais. Não é uma recusa nossa o fazer a prova, mas sim a maneira como essa prova é imposta a nós como recompensa pelo que já é nosso.
Em que momento nossos governantes são avaliados para confirmar sua competência em nos liderar?Vivemos períodos incertos, inseguros e de constante mudança, mas, com certeza, governador, seu grande inimigo não é o professor, assim como também não somos seus grandes fãs, pois precisamos de governantes abertos, flexíveis e que saibam ouvir a população e dialogar com ela, não um candidato tão fechado, sem diálogo algum e sem respeito ao funcionalismo público.
Reforço aqui que a grande diferença entre o reino animal racional e o irracional é justamente a habilidade de dialogar. Assim sendo, deixo aqui meu apelo ao governador que tente dialogar com a massa, conversar conosco, apresentar-se a nós, pois somos parte da população que, com certeza está avaliando o governo para além das “grandiosas obras públicas” que marcam seu mandato e são veemente veiculadas na mídia para sensibilização do povo.
Não se esqueça, no entanto, que somos seres humanos complexos em nossa formação pessoal, cultural e profissional e não serão “obras arquitetônicas” que garantirão novas eleições, pelo contrário, não se esqueça o lado humano, o afetivo e o respeito ao próximo. Não gostamos de ser humilhados e distanciados de nossa participação ativa na sociedade.
Lembre-se de que a consciência política da população aumentou consideravelmente a ponto de já ser possível diferenciar campanha política de realidade social.
Aliás, não é pela força, mas pelo diálogo, pelas constantes negociações e a escuta do outro que nos leva a compreender os problemas sociais e buscar respostas a eles.
Isso sim, pode levar a mudanças profundas e efetivas, capazes de transcender as portas das escolas e garantir a formação integral do Educando.
Educando responsável pelo futuro do estado e da nação.
Educandos a nós, professores, confiados pela sociedade.
Só queremos a preservação de nossos direitos, enquanto categoria, de exercer plenamente nossa função, no direcionamento desses pequenos aprendizes para o enfrentamento da vida e vida com qualidade.
Sr. Governador, não nos impeça de cumprir nossa missão. Se possível ajudar, ajude-nos, mas não nos “sucateie” com tantos massacres e descasos.
Não merecemos isso. Já sofremos o bastante e vivemos quase à margem de uma sociedade do consumo, pois nossos salários não são suficientes para usufruirmos dos bens que estão tão em voga.
Quando pedimos reajuste salarial o fazemos porque realmente estamos com salários defasados.
Por favor, reconsidere, reavalie nossos salários e veja, no fundo de sua alma, se você conseguiria sobreviver com apenas R$ 1.400,00 por mês.
Essa é a média dos salários pagos ao professor hoje por uma média de 40 h/a.
Não estou encontrando culpados, mas apenas tentando compreender o que tem acontecido conosco e como nos deixamos afundar tanto.
Por favor, reconsidere nosso caso, reveja com carinho, pois acredito que em meio a esse coração de pedra, deva haver, um último resquício de sangue humano, correndo nas veias e capaz de compreender as dificuldades pelas quais passam seus semelhantes.
É tudo o que peço. O governo tem como ajudar sim. A Prefeitura de São Paulo, uma máquina infinitamente menor do que a estadual, tem condições de oferecer aos seus professores condições melhores, por que então, apenas o Estado não conseguiria?
Pense nisso,
A categoria agradece...Os pais agradecem...E os alunos, ainda mais....
Elisama
subsede Osasco

terça-feira, 16 de março de 2010

Alguns dados da situação econômico-social das mulheres

  1. Em 2009 a Organização Internacional do Trabalho — OIT previu um aumento do desemprego mundial de até 51 milhões de pessoas sendo, destes, 22 milhões de mulheres;
  2. O relatório da OIT sobre "A evolução do trabalho decente no Brasil entre 1992 e 2007" aponta que a jornada semanal média das mulheres, incluindo o trabalho doméstico, soma 57,1 horas e ultrapassa em quase cinco horas a masculina (52,3 horas);
  3. Em 2007, enquanto que a taxa de desemprego masculina era de 6,1% a feminina estava situada em 11%;
  4. Dados da Unesco de 2009 apontam que 776 milhões de adultos em todo o mundo não sabem ler nem escrever, o que significa 16% da população mundial. Dois terços desses analfabetos são mulheres;
  5. Dados da Fundação Seade/Dieese de 2009 apontam que as mulheres paulistas são maioria entre os desempregados naquele estado e, quando empregadas, têm salário menor. De acordo com o estudo da Fundação, o rendimento médio real por hora das mulheres empregadas teve uma pequena queda em relação ao ano anterior (-0,9%) e passou a corresponder a R$ 5,76. O valor equivale a 76,4% do que é ganho pelos homens (R$ 7,53);
  6. Nos últimos 15 anos, o número de famílias chefiadas por mulheres aumentou mais de 10 vezes no Brasil e saltou de 301 mil, em 1993, para 3,6 milhões, em 2007. Os dados divulgados em 2009 fazem parte do estudo "Retrato das desigualdades de gênero e raça", realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em parceria com a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem);
  7. Relatório da Federação Internacional de Planejamento Familiar (IPPF, na sigla em inglês), divulgado em 2007 estimava que 19 milhões de abortos clandestinos seriam realizados no mundo naquele ano, provocando a morte de 70 mil mulheres, além de deixar sequelas em milhares de outras. O estudo estimava que mais de 96% das gestantes que perdem a vida ou sofrem danos à saúde por causa de abortos inseguros vivem nos países mais pobres do planeta, a maioria na África;
  8. No Brasil, os abortos ilegais são responsáveis pela morte de 180 a 360 mulheres por ano;
    Os abortos clandestinos são a quarta causa de morte materna no Brasil. Em 2006, 230.523 mulheres fizeram curetagens pós-aborto em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS). O procedimento é indicado tanto para mulheres que sofreram aborto espontâneo quanto para quem sofreu complicações decorrentes da interrupção induzida da gravidez;
  9. Infecções, hemorragias vaginais e outras complicações decorrentes de abortos ilegais foram responsáveis por cerca de 1,2 milhão de internações de mulheres em todo o país entre 2002 e 2007.

O 8 de março e a fúria secular da mulher trabalhadora

Primeiro encontro de Engels com Clara Zetkin no Congresso Internacional Socialista em Zurique, em 1893

"As mulheres levam sobre seus ombros a metade do céu e devem conquistá-lo"
Mao Tsetung

Primeiro encontro de Engels com Clara Zetkin no Congresso Internacional Socialista em Zurique, em 1893
Há cem anos, Clara Zetkin, destacada dirigente do Partido Social Democrata (Comunista) Alemão e da Internacional Comunista, propôs à II Conferência de Mulheres Socialistas, realizada em Copenhague, Dinamarca, que se definisse um dia de luta das mulheres para todo o movimento comunista internacional.
Era então agosto de 1910 e no mundo inteiro as mulheres militantes revolucionárias participavam da árdua tarefa delegada pela Segunda Internacional, quando esta ainda era composta pelos principais partidos e personalidades revolucionárias da época: a criação de autênticos partidos comunistas para dirigir a luta revolucionária em seus países. Já naquele período as potências imperialistas começavam a tocar os clarins para a primeira guerra imperialista de proporção mundial.
A proposta de Clara Zetkin, aprovada por aclamação na conferência de mulheres, foi preparada com afinco em vários países. Em 19 de Março de 1911, a primeira celebração do Dia Internacional da Mulher Trabalhadora mobilizou mais de um milhão de mulheres que tomaram as ruas das cidades da Alemanha, Suíça, Áustria e Dinamarca. Em Berlim ocorreram 42 reuniões naquele dia, o mesmo se deu em toda a Alemanha. No encerramento dessas reuniões, as mulheres desfilavam pelas ruas empunhando cartazes. Na Áustria, mais de 30 mil mulheres manifestaram-se nas ruas de Viena*.
Em 1912, milhares de mulheres reuniram-se em Essen, Leipzig e Erfurt. Grandes passeatas tomaram as ruas de Dusseldorf e Berlim, desdobrando-se em enfrentamentos com a polícia, resultando em inúmeras prisões das militantes mais combativas. Em 1912 e 1913 ocorreram reuniões de manifestações na Suécia. Também no ano de 1913, apesar da repressão tsarista, as revolucionárias russas celebram o dia em reuniões clandestinas em Moscou, Kiev, São Petersburgo, entre outras cidades. Em 1914, em Paris, mais de 20 mil mulheres promoveram a primeira celebração do dia internacional de luta das mulheres na França.
No dia 23 de fevereiro de 1917 do calendário gregoriano (8 de março no calendário ocidental), as mulheres russas manifestaram-se em São Petersburgo exigindo pão, o regresso dos maridos enviados para a frente de batalha na I Guerra Mundial, a Paz e a República. A greve estendeu-se rapidamente a todo o proletariado. Em poucos dias a greve de massas transforma-se numa insurreição e ao fim de cinco dias cai o império russo. A partir desse dia, o 8 de março passou a ser considerado a data mundial para a celebração do Dia Internacional da Mulher Trabalhadora.
A historiografia oficial, nos anos de 1950, tentou suprimir estas referências históricas excessivamente vinculadas ao movimento comunista internacional, oferecendo a versão do incêndio da fábrica têxtil no USA ou da manifestação das operárias em Nova Iorque para desvincular a data e seu caráter de classe, bem como o papel da luta revolucionária na determinação deste dia.
Resgatamos aqui sua história escrita com o sangue de inúmeras lutadoras do povo ao longo de séculos de luta, homenageando as heroínas da luta pelo socialismo nesse centésimo 8 de março.

*Informações divulgadas em artigo publicado por Clara Zetkin no jornal Die Gleichheit (A Igualdade). Órgão de imprensa dirigido às mulheres, cujo primeiro número foi publicado em janeiro de 1892. Clara Zetkin foi sua redatora-chefe até 1917.

Estamos de volta neste ano imprescindível!

Raros leitores, raros amigos...

Depois de uma longa hibernação, provocada por razões materiais e imateriais, enfim voltamos! O Vozes da América não podia ficar de fora de um ano tão cheio de discussões vitais: a questão das cotas raciais que até a academia na figura pouco confiável de Ivone Maggy(UFRJ) e Helena Bomeny (UERJ) resolveu transpirar e assumir seus preconceitos que escondem uma Universidade plural e democrática; o circo da Copa do Mundo; A covardia dos países ricos e do Brasil com o Haiti, que teve no terremoto recente a mais branda de suas catástrofes; A milenar luta pela formação do estado Palestino; As nossas campanhas eternas pela discriminalização do aborto e pela criminalização da ignorância; a farsa das eleições "polarizadas" do final do ano entre a social democracia e a social democracia, ou seja, entre o PT e o PSDB, que hoje servem ao capital e aos interesses do neoliberalismo, ora "caridoso e cheio de concessões na base das esmolas" - o PT, ora "privatista e sem concessões as massas" pois o PSDB, diferente do PT, nunca teve relações próximas com a classe trabalhadora. Mas pouco importa, pois os avanços populares foram absolutamente engessados desde as greves que sustentavam o governo João Goulart e disto, estamos afastados 40 anos; Este ano também teremos eleições estaduais e legislativas e devemos colocar no ar o debate sobre o novo muro da vergonha do neo fascista Eduardo Paes e sua extensão estadual, o chorão Sérgio Cabral; A prisão de José Roberto ARRUDA, que agora nos aponta para uma grande esperança pois só falta 99,9% das elites serem presas, dentre eles mensaleiros, banqueiros, deputados, senadores...Enfim, 2010 será um ano repleto de dores, pois o final da história nós já sabemos, mas o mais incrível é nossa (vozes da América) vocação para o sofrimento, afinal somos latinoamericanos e nossa convivência com a dor nos remonta a chegada dos europeus em 1492.