As duas publicações que seguem abaixo são de dois jovens talentos descobertos num ano de muita fertilidade: Ingrid Manzini e Vitor Ayres.
Vida longa aos novos poetas! Viva a poesia social!
E que venham outros e outros e outros... sempre!
Ouvir as vozes da América, continente que testemunhou mais de 500 anos de exploração. Deixem os gritos dos excluídos entrar em suas almas e verão que o sangue derramado em nossos campos não fertilizaram a terra, que a soberba dos imperialistas se camufla em guerras ou globalização, que nosso povo pagou com suas vidas o alto preço dos lucros. A literatura e história são as nossas armas e com elas, havemos de continuar resistindo, recriando a latinidade.
sábado, 22 de outubro de 2011
Alguma coisa aconteceu no meu coração. Ele ficou mais sensível, mais aberto e mais quente. Foi São Paulo. A cidade do concreto, que me recebeu com um abraço apertado, intenso, daqueles que se sente lá dentro e que parece que dura um tempão e nunca mais vai embora.
Pelo meio de tantos prédios, carros, pessoas, nuvens, se vê dor, alegria. Se vê arte. Se vê poesia. Seja aquela presente nos pés de Garrincha, ou no coração do corinthiano fanático; aquela que está na voz dos homens, sejam eles malandros, existencialistas ou simplesmente crianças. Aquela que não precisamos enxergá-la, mas senti-la. Senti-la naquela cela desesperadora em tempos de calamidade, de frieza dos que não a enxergam. Como podemos conter nossas lágrimas ao ver um homem sem a poesia? Pois nem sequer os olhos para enxergá-la ele tem. E o que dizer daqueles que os têm, e que sentem a maldita? Estes têm o dever de mostrá-la, escancará-la, sendo assim, solidários com aqueles impossibilitados por uma grande nuvem que quando se precipita deixa cair gotas de sangue manchando São Paulo corroendo toda a poesia que há nela. Porém, é um ciclo. A poesia pode até ser corroída, mas ela volta... Ela volta mais forte, mais bonita, se dissipando pelos ares paulistanos, alcançando o coração de cada um que sente essa cidade de concreto.
Ingrid Manzini
Pelo meio de tantos prédios, carros, pessoas, nuvens, se vê dor, alegria. Se vê arte. Se vê poesia. Seja aquela presente nos pés de Garrincha, ou no coração do corinthiano fanático; aquela que está na voz dos homens, sejam eles malandros, existencialistas ou simplesmente crianças. Aquela que não precisamos enxergá-la, mas senti-la. Senti-la naquela cela desesperadora em tempos de calamidade, de frieza dos que não a enxergam. Como podemos conter nossas lágrimas ao ver um homem sem a poesia? Pois nem sequer os olhos para enxergá-la ele tem. E o que dizer daqueles que os têm, e que sentem a maldita? Estes têm o dever de mostrá-la, escancará-la, sendo assim, solidários com aqueles impossibilitados por uma grande nuvem que quando se precipita deixa cair gotas de sangue manchando São Paulo corroendo toda a poesia que há nela. Porém, é um ciclo. A poesia pode até ser corroída, mas ela volta... Ela volta mais forte, mais bonita, se dissipando pelos ares paulistanos, alcançando o coração de cada um que sente essa cidade de concreto.
Ingrid Manzini
DESABAFO !
Vou andando pela favela
E a arquitetura impressiona
E é com a pobreza que eu vou de carona
Na comunidade o social é uma zona
O que você recebe do político
Que nem tem senso critico
Nós pagamos tanto imposto
E junto com o bonde de Santa Teresa
Recebemos só desgosto
Nós queríamos boas escolas
E recebemos só esmolas
Pedimos hospitais
E o q nos dão são só currais
A liberdade lá em cima
Não tem limite
E é com a minha rima
Que eu me mantenho longe do rebite
(refrão)
Fui seduzido pela paixão combativa
Busquei alternativa
Não posso mais fugir
Lutar? Sempre!
Desistir? Nunca!
Esse é o meu lema
Profecias são profecias, parceiro
Pergunta pro Barrichelo se os últimos são os primeiros
Persistência sempre foi a minha marca,
O meu orgulho
É muito bom ouvir barulho
Que ensine a caminhar
Lutar! Pra manter aquilo que foi conquistado
E sempre tentar mudar o Estado
Saindo de baixo
Sem esculacho
Pare um pouco, reflita
Dê uma olhada
É mais um corrupta absolvida
Semana passada
(refrão)
O partido não é partido
Pois eles são bem unidos
24 horas pensando
Como roubar
Para o dinheiro dos oprimidos desfrutar
E é junto com a Afrika Bambataa
A gente vai se expressando
Com cada letra
Com cada palavra
O mês de Junho foi marcado
Pelo protesto dos bombeiros que foi rejeitado
Eles só estavam atrás de seus direitos
Que foram negados pelo Cabral, animal !
Sim, esse maldito algoz
Que só está lá por causa de nós
E eu espero ter tocado
O fundo do coração de cada um
O que nunca é muito comum
Então mude, que quando a gente muda
O mundo com a gente
Sempre pra frente
E nunca deixa de usar a sua mente
(refrão)...
Vitor Ayres
E a arquitetura impressiona
E é com a pobreza que eu vou de carona
Na comunidade o social é uma zona
O que você recebe do político
Que nem tem senso critico
Nós pagamos tanto imposto
E junto com o bonde de Santa Teresa
Recebemos só desgosto
Nós queríamos boas escolas
E recebemos só esmolas
Pedimos hospitais
E o q nos dão são só currais
A liberdade lá em cima
Não tem limite
E é com a minha rima
Que eu me mantenho longe do rebite
(refrão)
Fui seduzido pela paixão combativa
Busquei alternativa
Não posso mais fugir
Lutar? Sempre!
Desistir? Nunca!
Esse é o meu lema
Profecias são profecias, parceiro
Pergunta pro Barrichelo se os últimos são os primeiros
Persistência sempre foi a minha marca,
O meu orgulho
É muito bom ouvir barulho
Que ensine a caminhar
Lutar! Pra manter aquilo que foi conquistado
E sempre tentar mudar o Estado
Saindo de baixo
Sem esculacho
Pare um pouco, reflita
Dê uma olhada
É mais um corrupta absolvida
Semana passada
(refrão)
O partido não é partido
Pois eles são bem unidos
24 horas pensando
Como roubar
Para o dinheiro dos oprimidos desfrutar
E é junto com a Afrika Bambataa
A gente vai se expressando
Com cada letra
Com cada palavra
O mês de Junho foi marcado
Pelo protesto dos bombeiros que foi rejeitado
Eles só estavam atrás de seus direitos
Que foram negados pelo Cabral, animal !
Sim, esse maldito algoz
Que só está lá por causa de nós
E eu espero ter tocado
O fundo do coração de cada um
O que nunca é muito comum
Então mude, que quando a gente muda
O mundo com a gente
Sempre pra frente
E nunca deixa de usar a sua mente
(refrão)...
Vitor Ayres
Boa noite
Miragens
Nesta noite
debruço-me `a imensa janela das recordações.
Quisera conservar em mim
ao menos uma parte do que possuí
diante de tudo que se distancia.
Rita Mourão
Envelhecer é:
se diatanciar de tudo que vivemos
e de todos com quem convivemos.
(pensando a poesia)
Boa noite
João Carlos Santacruz
Nesta noite
debruço-me `a imensa janela das recordações.
Quisera conservar em mim
ao menos uma parte do que possuí
diante de tudo que se distancia.
Rita Mourão
Envelhecer é:
se diatanciar de tudo que vivemos
e de todos com quem convivemos.
(pensando a poesia)
Boa noite
João Carlos Santacruz
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