quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Até o “The New York Times” se rendeu

Em um artigo publicado nesta quarta-feira (09), o The New York Times reconhece que a medida que a epidemia do cólera continua no Haiti, a missão médica cubana continua trabalhando e ganhando os elogios dos doadores e dos diplomatas por manter-se firme na primeira linha de combate e por seu esforço para refazer nesse país o destroçado sistema de atenção à Saúde pública. Os cubanos já estavam no Haiti antes do terremoto e continuam lá, enquanto a metade das ONGs já se foi.
Paul Farmer, enviado especial das Nações Unidas no Haiti e fundador de Partners in Health, disse que os cubanos foram os primeiros a perceber e dar o alarme sobre o surto de cólera, ajudando a mobilizar aos funcionários de Saúde e reduzir a quantidade de mortos. Os médicos cubanos estão trabalhando no Haiti desde 1998, quando chegaram 100 logo após a passagem do furacão Mitch.
• Novas ameaças para a Venezuela? O presidente Hugo Chávez informou, nesta quarta-feira, que a marinha venezuelana detectou um submarino de “propulsão nuclear” violando águas territoriais, mas sua procedência não foi identificada. Segundo a nota oficial, o submarino fugiu rapidamente ao ser localizado.

Ernesto Germano

Guantánamo: o cárcere mais caro do mundo

A notícia veio de Washington e foi publicada pelo jornal “The Bellingham Herald”: a prisão de Guantánamo, mantida pelos EUA em uma base ilegal em Cuba, é considerada a mais cara do mundo. O cárcere montado em Guantánamo começou a funcionar em 2002, com a “guerra ao terrorismo de Bush”, e custa anualmente aos contribuintes estadunidenses pouco mais de 800 mil dólares por cada um dos 171 presos! Mais ou menos 137 milhões de dólares por ano gastos com uma prisão ilegal, enquanto o governo corta verbas para educação.

EUA vão vai sair do Iraque?

A embaixada estadunidense (a maior e a mais cara do mundo) encontra-se numa zona verde de sua propriedade em Bagdá, recebe os suprimentos mediante caravanas armadas, gera sua própria água e eletricidade e tem sua própria rede de esgotos. Com cinco quilômetros quadrados, a embaixada tem quase as mesmas dimensões que a cidade do Vaticano. Na verdade, torna-se quase uma cidade independente dentro de outra nação, pois, segundo estatísticas do Departamento de Estado, 17 mil pessoas estarão sob a jurisdição do embaixador estadunidense. Aliás, também haverá repartições consulares em Basra, Mosul e Kirkuk, em cada uma das quais trabalharão mais de 1.000 pessoas. E, o que é fundamental, todo este pessoal estadunidense, incluindo os empreiteiros militares e de segurança, terão imunidade diplomática.

Ernesto Germano

E fazem belos discursos pela paz!

EUA e Israel farão exercício militar conjunto com mais de cinco mil soldados. Será o maior já realizado entre os dois aliados e a afirmação foi feita no sábado (04) por Andrew Shapiro, secretário-adjunto de assuntos políticos e militares do Departamento de Estado dos EUA. E ele assegurou também que, em breve, através de dispositivos legislativos, os dois países terão maior facilidade para comercializar armas. Os EUA fazem uma contribuição anual de três bilhões de dólares para Israel e, segundo Shapiro, a administração Obama continuará a honrar. Estarão já tramando a invasão do Irã? Mais mentiras serão criadas para justificar nova invasão?

Ernesto Germano

Grande manifestação estudantil em Londres

Os estudantes do Reino Unido saíram às ruas de Londres nesta quarta-feira (09) para protestar contra a política de austeridade e os cortes na educação impostos pelo governo do premiê David Cameron. Os ma-nifestantes marcharam pelas ruas da capital inglesa com placas e cartazes trazendo críticas às recentes medidas aprovadas por Cameron. Estima-se que até 2015, o governo deverá cortar 40% do valor destinado ao ensino superior. Além disso, o premiê permitiu que as universidades aumentassem suas mensalidades em até três vezes o que é cobrado atualmente. Hoje, os estudantes pagam o equivalente 8,5 mil reais por ano pelos estudos.

Estudantes da Colômbia, como no Chile

Seguindo o exemplo do que faz o governo do Chile, a Colômbia também resolveu reprimir com muita violência os estudantes que protestam contra a privatização do ensino. Na quinta-feira (10) assistimos a mais uma série de lamentáveis cenas de violência e os alvos foram os estudantes que se manifestavam pela Greve Nacional Universitária, no departamento de Cauca, município de Popayán. A greve foi convocada para dizer não à Lei 30, que privatiza a educação.
A manifestação transcorria normal e pacificamente até que chegaram o Esquadrão Móvel Anti-distúrbios (Esmad) e o Esquadrão Móvel de Carabineiros (Emcar) por volta das 14h, quando os manifestantes já se dispersavam pelo centro da cidade. A partir daí, usando veículos militares, teve início uma sessão de violência gratuita contra os estudantes, trabalhadores e demais participantes da manifestação. A repressão usou todo o seu arsenal: bombas de gás lacrimogêneo, tiros com balas de borracha, bombas de aturdimento e explosão. O saldo foi de dez estudantes detidos - entre eles menores de idade - que se encontram na Unidade de Retenção Imediata (RUI) de Popayán. A ação também deixou alguns feridos gravemente.

No Chile, é perigoso ser jornalista

A matéria está no Opera Mundi. “A tropa de choque avançava pela direita, disparando escopetas de gás lacrimogêneo. Do lado oposto, manifestantes atiravam paus e pedras. No fogo cruzado, o fotógrafo da IPS (International Press Service) Fernando Fiedler engolia seco e apertava o obturador da câmera. Daquela vez, ele esperava ser atingido.
Fiedler só não podia imaginar que o alvo principal da polícia chilena naquela operação fosse ele mesmo, não os manifestantes. O fotógrafo foi arrastado pela Rua Pio IX e brutalmente espancado por um grupo de policiais. Em seguida, foi atirando dentro de um camburão e levado à 6ª Delegacia de Polícia, no bairro Recoleta, em Santiago.”
Desde março de 2010, 12 repórteres que registravam manifestações de rua a serviço de agências internacionais de notícias foram vítimas de ameaças, agressões, torturas, detenções arbitrárias e atos de censura cometidos pela polícia chilena. Pelos menos cinco jornalistas de emissoras, jornais e produtoras locais sofreram agressões semelhantes no mesmo período.

Ernesto Germano