A demissão de dois
profissionais da “Revista de História” da Biblioteca Nacional semanas após a
publicação de uma resenha favorável ao livro “A Privataria Tucana”, do
jornalista Amaury Ribeiro Jr, colocou a revista no centro de uma polêmica sobre
uma suposta intervenção do partido (PSDB) no caso.
Publicado em 24 de janeiro, o texto do jornalista Celso
de Castro Barbosa foi alvo de críticas de tucanos, que liderados pelo
presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), ameaçaram processar a publicação,
editada pela Sociedade de Amigos da Biblioteca Nacional (Sabin) e que da
Biblioteca Nacional recebe apenas material de pesquisa e iconografia.
A evidente pressão externa fez com que o jornalista
recebesse um chamado do editor-chefe da publicação, Luciano Figueiredo, naquele
mesmo dia. “Ele [Figueiredo] disse concordar com quase tudo que havia escrito,
mas o Gustavo Franco [ex-presidente do Banco Central no governo FHC] leu, não
gostou e resolveu mobilizar a cúpula tucana.”
Acontece que a verdadeira dona da revista é a Sabin, uma entidade privada, composta
inclusive por bancos, e nega que tenha sofrido interferência externa nas
demissões. Disse que o jornalista Celso de Castro Barbosa foi demitido pelo
então editor Luciano Figueiredo que, por sua vez, dispensado “exclusivamente
por razões administrativas.”
Ernesto Germano
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