domingo, 26 de fevereiro de 2012

Carnaval de protestos, na Espanha.


 No domingo de carnaval, dia 19, as ruas de diversas cidades espanholas foram ocupadas por multidões que não estavam brincando e nem cantando. Eram as manifestações populares com centenas de milhares de pessoas que protestavam contra a reforma trabalhista aprovada pelo governo de Mariano Rajoy.
Os protestos foram organizados pelos dois principais sindicatos do país: a CCOO e a UGT. As manifestações ocorreram em 57 cidades espanholas. As cidades de Madri e Barcelona, juntas, contaram com quase 1 milhão de manifestantes nas ruas. Apesar da presença de membros dos partidos PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) e IU (Esquerda Unida) nos protestos, os manifestantes fizeram questão de deixar claro que o movimento era apartidário.
No último dia 10, o governo espanhol anunciou a aprovação da reforma trabalhista cuja meta seria flexibilizar o mercado e reduzir o alto índice de desemprego do país. Como já comentamos, os tecnocratas espanhóis concluíram que a melhor maneira de combater o desemprego é tornar mais fácil as demissões nas empresas. Ou seja, as empresas agora pagam menos indenizações por demitir seus trabalhadores e o governo acha que isto criará a abertura de mais empregos. A medida já entrou em vigor, mas ainda não foi aprovada no Parlamento espanhol. 
 Enquanto isso, no Brasil setores de classe média impulsionados pela mídia abutre, conclamavam policiais civis e militares e bombeiros a pararem a greve antes do carnaval, pois poderia atrapalhar o deleite de alguns e o espetáculo perotécnico-comercial de poucos. 

Ernesto Germano e Chico Baeta

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