No domingo de carnaval, dia
19, as ruas de diversas cidades espanholas foram ocupadas por multidões que não
estavam brincando e nem cantando. Eram as manifestações populares com centenas
de milhares de pessoas que protestavam contra a reforma trabalhista aprovada pelo governo de Mariano Rajoy.
Os protestos foram organizados pelos dois principais
sindicatos do país: a CCOO e a UGT. As manifestações ocorreram em 57 cidades
espanholas. As cidades de Madri e Barcelona, juntas, contaram com quase 1
milhão de manifestantes nas ruas. Apesar da presença de membros dos partidos
PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) e IU (Esquerda Unida) nos
protestos, os manifestantes fizeram questão de deixar claro que o movimento era
apartidário.
No último dia 10, o
governo espanhol anunciou a aprovação da reforma trabalhista cuja meta seria
flexibilizar o mercado e reduzir o alto índice de desemprego do país. Como já
comentamos, os tecnocratas espanhóis concluíram que a melhor maneira de
combater o desemprego é tornar mais fácil as demissões nas empresas. Ou seja,
as empresas agora pagam menos indenizações por demitir seus trabalhadores e o
governo acha que isto criará a abertura de mais empregos. A medida já entrou em
vigor, mas ainda não foi aprovada no Parlamento espanhol.
Enquanto isso, no Brasil setores de classe média impulsionados pela mídia abutre, conclamavam policiais civis e militares e bombeiros a pararem a greve antes do carnaval, pois poderia atrapalhar o deleite de alguns e o espetáculo perotécnico-comercial de poucos.
Ernesto Germano e Chico Baeta
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