segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A Demoniocracia dos EUA na ONU

Mais uma vez a demoniocracia da ONU prevaleceu.
191 países votaram. 186 CONTRA o bloqueio econômico à Cuba. 3 abstenções (Micronésia, Palau e Ilhas Marshall). 2 votos A FAVOR do bloqueio – EUA e Israel. Prevaleceu o menor quorum de todos os votantes.
Parece incrível como uma pequena Ilha caribenha, sem a menor importância econômica, ainda assusta o gigante decadente do norte que parece soprar sobre suas ventas o fogo da praga eterna a todos aqueles que não seguem sua cartilha de subserviência. Mas o que os devem deixar ainda mais preocupados é que ainda assim, com 50 anos de proibições comerciais com o resto do mundo servil, com uma perda estimada em 975 bilhões de dólares de prejuízos, Cuba tem índices sociais que nem a Noruega, a Suiça, a Suécia ou a Finlândia têm.
É o único país do mundo a erradicar a fome. O único onde crianças não morrem de doenças curáveis. O único onde não existem analfabetos... E esses dados são da mesma ONU que criou as regras antidemocráticas que mantém o poder de veto para 5 países e bastando a apenas um deles decidir o futuro do planeta.
Esta foi a vigésima votação – terceira na gestão do mandatário estadunidense Barack Obama – realizada nas Nações Unidas sobre o bloqueio estadunidense a Cuba.
“Apesar da retórica oficial que pretende convencer a opinião pública internacional de que o atual Governo dos EUA tem introduzido uma política de mudanças positivas, Cuba continua também sem poder comercializar com subsidiárias de empresas estadunidenses em países terceiros e os empresários de nações terceiras interessados em investir em Cuba são sistematicamente ameaçados e incluídos em listas negras”.
Além disso, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba revela que o país continua sem poder exportar e importar produtos e serviços dos Estados Unidos, assim como não pode utilizar o dólar norte-americano em negócios internacionais ou possuir contas com essa moeda em bancos de outros países. O documento cubano, que relata a citação acima, ainda lembra que o país não tem acesso a créditos de bancos estadunidenses nem de instituições financeiras internacionais.
“O bloqueio viola o Direito Internacional, é contrário aos propósitos e princípios da Carta das Nações Unidas e constitui uma transgressão ao direito à paz, ao desenvolvimento e à segurança de um Estado soberano. É, em sua essência e objetivos, um ato de agressão unilateral e uma ameaça permanente contra a estabilidade de um país. O bloqueio constitui uma violação massiva, flagrante e sistemática dos direitos humanos de todo um povo. Viola também os direitos constitucionais do povo norte-americano, ao infringir sua liberdade de viajar a Cuba. Viola, ademais, os direitos soberanos de muitos outros Estados por seu caráter extraterritorial”, ressalta.
Perguntar é preciso, ao menos isto posso fazer...

1. Quem vai pagar esta conta que hoje chega a quase 1 trilhão de dólares?

2. Quem vai responder criminalmente pelas inúmeras crianças cubanas mortas quando faltava o básico na década de 90? Não seria isto um genocídio?

3. Quem vai responder pela falta de infraestrutura que até hoje sofre Cuba?

4. Até quando a imprensa abutre vai esconder a verdadeira Cuba do mundo?

5. E a partir de quando as pessoas vão reconhecer que Cuba, longe de ser o problema das Américas, é a solução dos problemas americanos?

Em tempo: Os jogos Panamericanos de Guadalajara acabaram neste final de semana e o segundo lugar no quadro de medalhas, como sempre, foi de Cuba! E olha que não hospedará nenhuma olimpíada daqui a 5 anos e nem tem a 8ª economia do planeta. Também não conta com o apoio financeiro ou político de nenhuma potência e nem figura nas listas dos mais badalados pela imprensa internacional. Não possui bases militares sobre o pretexto de combater o narcotráfico para os EUA. Não tem políticos a serviço do imperialismo e das grandes empresas multinacionais. Não cultua o consumo como sacrossanto princípio para a felicidade. Não recebe incentivo financeiro de nenhuma empresa privada por melhores resultados esportivos. Não possui jogadores atuando por dinheiro. Mas... desculpem, ainda assim foi o segundo lugar nas Américas, de novo.

Chico Baeta

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