Ouvir as vozes da América, continente que testemunhou mais de 500 anos de exploração. Deixem os gritos dos excluídos entrar em suas almas e verão que o sangue derramado em nossos campos não fertilizaram a terra, que a soberba dos imperialistas se camufla em guerras ou globalização, que nosso povo pagou com suas vidas o alto preço dos lucros. A literatura e história são as nossas armas e com elas, havemos de continuar resistindo, recriando a latinidade.
sábado, 25 de fevereiro de 2012
Desabafo em tempos de folia
Não sou ninguém é bem verdade, apenas um amante da cultura popular que nestes dias exala em forma de samba. E este é o ponto. Sei que o carnaval é um daqueles marcos culturais que já perdemos para o comércio, para a indústria, assim como o futebol. Nesse sentido, é fácil explicar o que leva o Paulo Barros e sua Unidos da Tijuca a causar tanto furor. Nada contra este artista, mas ele faz tudo, menos carnaval nos moldes que fui acostumado a entender. O que ele faz é entretenimento e uma vez chegou a dizer que seu sonho era trabalhar para os Estúdios Dsiney ou para a Pixar... faz sentido.O que não aceito é ver a Portela, com a inenarrável Clara Nunes, ficar atrás do Michel Jackson, embora a merecida homenagem da Tijuca a Luiz Gonzaga. Não dá para ver a Mangueira com a tradicional bateria de um surdo só, fazer uma parada daquelas na Avenida e colocar a massa para cantar a raíz do samba carioca do Cacique de Ramos, ser superada pela Rainha Elizabeth, Roberto Carlos e outros "reis" na cabeça de quem nasceu para ser Disney. Que o Paulo Barros é criativo, não duvido. Que é um artista, muito menos. Mas não posso deixar de dizer que não caio na esparrela midiática de que vivemos uma Era Paulo Barros, como um dia vivemos a Joãozinho Trinta e blá blá blá...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário