Muito bom o artigo de J. Carlos de Assis publicado
no Carta Maior. Ele diz que “Ao contrário
da Grande Depressão, desta vez a crise afetou o coração mesmo do sistema capitalista,
que é o seu sistema bancário central. Nos anos 30, milhares (cerca de 9 mil)
bancos quebraram nos EUA e na Europa, no curso de quatro corridas bancárias
entre 29 e 33, mas nem um único considerado grande. Eram pequenos e médios
bancos municipais ou regionais, sem risco sistêmico. Agora, no rastro do Lemon
Brothers, todo o sistema virtualmente esteve para colapsar.
Nos Estados Unidos, os dois maiores conglomerados
bancário-financeiros, o Bank of America e o Citigroup, tiveram que ser
parcialmente estatizados para não quebrar. No caso do Citigroup, o Governo
comprou mais de 40% de suas ações ordinárias. Os outros 17 maiores
conglomerados financeiros, submetidos a testes de stress, foram socorridos pelo
Fed sob o pretexto de evitar riscos sistêmicos. Na Europa, o Royal Scotland
Bank e o Barclays da Inglaterra tiveram de ser estatizados. Continuam assim até
hoje. Na Alemanha, o Governo comprou quase metade do Commenzbank, do qual ainda
hoje detém 25% das ações.
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