terça-feira, 1 de maio de 2012

Está chegando a hora?


 Será que o Brasil agora caminha para fazer justiça e desvendar tudo o que aconteceu durante a ditadura militar? Temos esperanças de ver os torturadores e assassinos no banco de réus?
Na semana passada, em decisão inédita, o juiz Guilherme Dezem, de São Paulo, determinou que no atestado de óbito de João Batista Drummond, dirigente do PCdoB, morto em 1976, conste que ele morreu em decorrência de “torturas físicas” e não de “traumatismo craniano encefálico” como consta hoje.
“A revisão da Lei da Anistia é só uma questão de tempo”, sustenta o advogado Roberto Caldas, indicado pelo governo brasileiro para disputar, na Assembleia da Organização dos Estados Americanos (OEA), a vaga de juiz titular da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), com sede em San José da Costa Rica.
Depois da criação da Comissão da Verdade, esta indicação é um forte sinal de intolerância do governo Dilma à Lei da Anistia. Caldas não tem dúvidas sobre a necessidade de o Brasil se submeter às decisões impostas por tratados internacionais que assinou: “A ordem jurídica internacional está atenta para não permitir que os detentores do poder político legislem em causa própria, com o objetivo de encobrir crimes graves contra direitos humanos. Mais uma razão somou-se a isso: os crimes de lesa-humanidade não podem ser objeto de anistia nem de prescrição”.

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