domingo, 7 de abril de 2013

Mortes por disputas de terras.


 Pela primeira vez em 25 anos, Rondônia superou o Pará em número de mortes por disputa de terra. Foram nove casos em 2012, contra dois no ano anterior --aumento de 350%. Os números da violência no campo em 2012 integram um balanço preliminar e inédito da CPT (Comissão Pastoral da Terra), braço agrário da Igreja Católica no Brasil.
Em todo o país, segundo a comissão, houve 36 homicídios em 2012 em conflitos agrários --avanço de 24% em relação aos 29 casos de 2011. O Pará registrou seis mortes por disputa agrária em 2012, um dos números mais baixos desde o início dos registros da CPT, em 1985. Apenas em 1986 o Estado não liderou a estatística da violência no campo, perdendo naquele ano para Mato Grosso.
Em Rondônia, especialistas relacionam a violência a três fatores: expansão do agronegócio no sul do Estado (divisa com MT), presença de madeireiros no norte (divisa com AM) e, principalmente, grilagem (apropriação indevida de terras públicas).
As mortes no Estado foram sobretudo de integrantes de acampamentos que reivindicam terras. Houve também assassinatos de pessoas que denunciavam extração ilegal de madeira.
Dirigente do MST é executado por pistoleiros na Bahia. Na manhã de terça-feira (02), Fábio dos Santos Silva, dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na Bahia, foi brutalmente assassinado por pistoleiros com 15 tiros, na frente de sua mulher e de uma criança. O dirigente já vinha sendo ameaçado de morte na região do município de Iguaí. As informações são do deputado federal Valmir Assunção (PT-BA): “É com revolta, e ainda bastante abalado, que denuncio o assassinato do dirigente do MST da Bahia, Fábio dos Santos Silva. Fábio foi executado no fim desta manhã com 15 tiros na frente da sua companheira e uma criança, que seguiam de carro para Palmerinha, distrito próximo a Iguaí, no Sudoeste baiano”.
Segundo relato da própria companheira de Fábio, uma moto interceptou o carro em que estavam e executaram Fábio. Ele, que já era ameaçado de morte na região de Iguaí, onde o latifúndio não aceita a democratização da terra, nem a presença dos três assentamentos e do acampamento existente no local, teve sua vida ceifada.

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