domingo, 21 de abril de 2013

Venezuela...


Observadores internacionais reconhecem a vitória de Maduro. Observadores internacionais elogiaram a organização das eleições presidenciais venezuelanas, realizadas neste domingo (14), e defenderam o reconhecimento do resultado, que dá a vitória ao governista Nicolás Maduro, por uma diferença de 1,6 ponto percentual.
A missão da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), que entregou ao CNE (Conselho Nacional Eleitoral) um relatório sobre o pleito, defendeu a atuação da entidade. “A missão declara, tal e como defendeu desde a sua instalação, que os resultados devem ser respeitados por emanar do Conselho Nacional Eleitoral, autoridade competente nesta matéria”, afirmou o presidente do grupo, Carlos Álvares.
A Uniore (União Interamericana de Organismos Eleitorais) também defendeu o resultado, destacando a transparência da apuração e argumentando que o CNE "cumpriu sua função". 
Na segunda-feira, a UE também fez um apelo para que todas as forças políticas venezuelanas reconheçam a vitória de Maduro, conquistada com 50,66% dos votos.
OEA reconhece Maduro. O secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos) reconheceu, na quarta-feira (17), Nicolás Maduro como presidente da Venezuela. “Desejamos ao presidente eleito o maior êxito no cumprimento de suas funções”, afirmou José Miguel Insulza, em sessão extraordinária do organismo multinacional, que ainda não emitiu comunicado oficial sobre a posição. 
Na noite de terça-feira (16/04), a presidente argentina Cristina Kirchner pediu que os Estados Unidos reconhecessem a eleição de Maduro. “Não incentivem as brigas, porque as brigas terminam em mortes. Pedimos [o reconhecimento] com humildade e respeito. Esta é a melhor maneira de honrar a paz, não só com discursos, mas com ações concretas”, afirmou, em referência aos incidentes registrados no dia anterior, quando Capriles convocou um panelaço contra a proclamação de Maduro como presidente.
Durante a sessão extraordinária da OEA o triunfo de Maduro foi defendido pelos países latino-americanos. Um comunicado do Mercosul – bloco comercial ao qual a Venezuela se integrou em dezembro do ano passado – foi lido pelo representante uruguaio, no qual se parabenizava o povo venezuelano pela alta participação eleitoral, superior a 80%, e se ressaltava o compromisso dos integrantes do bloco comercial com os princípios democráticos  e a transparência do pleito.
A “democracia” deles. Na Venezuela, os simpatizantes de Henrique Capriles estão demonstrando como funciona a tal “democracia” para a direita e para os poderosos. Desde a noite de domingo, depois do anúncio da vitória de Maduro, grupos de defensores de Capriles começaram a percorrer as ruas incendiando a sede do Partido Socialista Unido da Venezuela, residências de militantes da esquerda, postos de gasolina e outros locais.
Na cidade de San Cristóbal, botaram fogo na sede do PSUV e atacaram emissoras de rádio comunitárias. Na capital, um grande grupo de defensores de Capriles cercou o prédio do canal de televisão teleSUR e passou a ameaçar os jornalistas e funcionários que estavam no local. Também ocorreram ataques contra a residência da presidenta do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Tibisay Lucena, e dos pais do ex-ministro de Comunicação e um dos coordenadores da campanha de Maduro, Andrés Izarra.

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