Nesta semana os EUA elegeram Donald Trump. E daí? Qual é a novidade para o país que desde sua independência em 1776 não passa nenhuma década sem promover uma guerra no mundo? Qual é a novidade para o país que viveu até a década de 1960 uma política de Apartheid e segregação de seus negros? Qual é a surpresa para quem impôs um bloqueio econômico à Cuba desde 1961 impondo-lhes toda a sorte de sacrifícios e privações financeiras em nome da sanha de sua Guerra Fria? Onde está a surpresa para quem possui um classe média que valoriza o consumo como se fosse um deus e a cultura como se não fosse nada? Alguém realmente se apavora com um Trump no país de Simpsons? Onde está o ineditismo de quem sempre colocou "muros" entre seu território e o México? Em que diferem, o discurso do tenebroso Donald e a prática cotidiana de xenofobia contra árabes e latinos? Em que sentido o fascista eleito é mais fascista que James Monroe, quinto presidente estadunidense e propulsor de uma política externa que até hoje sofremos na nossa América? No que são diferentes este protótipo de Bolsonaro do Norte e o simpático e queridinho da mídia J. F. Kennedy com suas ordens estúpidas no Vietnam, no muro de Berlim e na invasão a Playa Girón? E o que falar do Democrata Lindon Jonhson que deu a ordem para o início das sangrentas ditaduras militares e civis latino americanas?
Este texto não tem fim... a comparação do neo fascismo milionário recém eleito nos EUA não pode ser feita à luz da política interna, pois sua chegada ao poder se confunde com a história de poder dos EUA no mundo desde sempre.
Deus (se houver um ou mais) salve a América (latina) e o restante do mundo, pois ali é morada eterna do capiroto.
Ouvir as vozes da América, continente que testemunhou mais de 500 anos de exploração. Deixem os gritos dos excluídos entrar em suas almas e verão que o sangue derramado em nossos campos não fertilizaram a terra, que a soberba dos imperialistas se camufla em guerras ou globalização, que nosso povo pagou com suas vidas o alto preço dos lucros. A literatura e história são as nossas armas e com elas, havemos de continuar resistindo, recriando a latinidade.
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