sexta-feira, 23 de abril de 2010

Com esse monopólio, não venham falar em democracia

OS DONOS DA MÍDIA NO BRASIL


GRUPO 1

O primeiro grupo – os “cabeças-de-rede” – são as famílias que controlam as redes de nacionais de comunicação, de TVs, rádios, e jornais de circulação nacional.
- Organizações Globo – família Marinho
- Rede Record – Igreja Universal - Edir Macedo
- Sistema Bandeirantes de Comunicação – família Saad
- Sistema Brasileiro de Televisão–SBT – Silvio Santos
- Grupo O Estado de São Paulo (Estadão)– família Mesquita
- Grupo Folha de São Paulo – família Frias
- Grupo Abril – família Civita (responsável por 70% do mercado de revistas do país, incuindo a Veja).
É importante ressaltar que alguns desses grupos possuem também portais na internet e agências de notícias (ex. UOL, da folha; globo.com; agência Estado; agência globo).

GRUPO 2

O segundo grupo de “donos da mídia” é composto por grupos nacionais e regionais com presença econômica expressiva e alguns fortes grupos regionais.

Entre estes grupos estão:

o Grupo RBS da família Sirostski no RS
as Organizações Jaime Câmara em Goiás e Tocantins
o Jornal do Brasil, no DF
a Gazeta Mercantil, em SP

GRUPO 3

O terceiro grupo é composto por grupos regionais de afiliados às redes nacionais de TV.

Neste grupo estão presentes as oligarquias regionais que, obviamente, controlam tanto o poder econômico, quanto o político.

Outra questão importante a ressaltar é que, embora vinculados às redes nacionais de TV, esses grupo locais controlam todo o sistema de comunicação regional por meio de inúmeras rádios e jornais.
Exemplos em alguns estados:

Ceará
família Jereissati (do Senador Tasso Jereissati - PSDB)

Rio Grande do Norte família Maia (do Senador Jose Agripino Maia - DEM) e família Alves (do Senador Garibaldi Alves Filho - PMDB)

Bahiafamília Magalhães (do deputado ACM Neto - DEM)

Maranhãofamília Sarney (do Senador José Sarney - PMDB)

Alagoasfamília Collor (do Senador Fernando Collor de Mello - PRTB)

Sergipefamília Franco (do Senador Albano Franco - PSDB)

Paráfamília Pires (do Deputado Vic Pires - DEM)
Mais detalhes no quadro 5 do arquivo anexo.


GRUPO 4

O quarto grupo é composto por pequenos grupos regionais de TV, rádio e jornais ou ainda por veículos de pequena participação no mercado de mídia, mas que muitas vezes são apêndices de fortes grupos que atuam em outros ramos da economia.

Um bom exemplo dessa situação é a TV Brasília, que durante um bom tempo foi propriedade do Grupo Paulo Octávio.

Ou seja, os pequenos grupos de mídia estão também, em sua maioria, sob controle do poder local.

É por isso que nos municípios do interior do país, o dono da rádio local é também o chefe político municipal.


Jornal do Brasil

O Jornal do Brasil é publicado na cidade do Rio de Janeiro e atualmente pertence ao empresário Nelson Tanure, do grupo Docas Investimentos, que também administra a revista Forbes no Brasil e agência de notícias InvestNews.

É tradicionalmente voltado para uma elite diminuta da classe alta que se concentra na Zona Sul do Rio de Janeiro e que se pretende formadora de opinião, a nível nacional.

Gazeta Mercantil

Apesar de haver fechado em maio de 2009, o jornal Gazeta Mercantil continua sob o controle acionário do grupo Docas Investimentos, do empresário Nelson Tanure, e conta com uma redação unificada com os demais produtos jornalísticos da empresa (JB, a Forbes e a agência de notícias InvestNews).


Histórico

A crise que deflagrou na transferência do controle acionário da família Levy para Nelson Tanure ocorreu no final da década de 90 e início dos anos 2000. Após anos de liderança absoluta no mercado, as contas da empresa se deterioraram e, ao mesmo tempo, a direção do jornal decidiu ampliar as áreas de atuação, com investimentos em internet e televisão.

As novas áreas contaram com parceiros que foram a Portugal Telecom, antiga controladora da Telesp Celular - atualmente Vivo, na web e a TV Bandeirantes e a TV Gazeta, controlada pela Fundação Cásper Líbero, na televisão.

O jornal passou pela crise e uma drástica reestruturação nos últimos anos.
Tinha uma tiragem de 70 mil exemplares de acordo com levantamento do IVC de julho/2007.

Em 25 de maio de 2009, Nelson Tanure anunciou que devolveria a administração do jornal aos proprietários anteriores, não se responsabilizando mais pela publicação a partir de 1 de junho.
Alegou que herdou dívidas de mais de 200 milhões de reais em processos trabalhistas.

Dessa forma, a última edição do jornal foi a de 29 de maio de 2009.

O grupo português Ongoing negou interesse em comprar o jornal "porque o título tem uma dívida muito grande", mas animou-se com a possibilidade de ingressar na imprensa econômica brasileira, aproveitando o vácuo deixado pela interrupção.

O grupo Ongoing estreou o jornal Brasil Econômico em 8 de outubro de 2009.

5 comentários:

Bruno disse...

De forma indireta, esse "políticos", podem influenciar na informação que recebemos?

Vozes da América disse...

Bruno, eu diria que esta influência é de forma direta. Claro, subliminar às vezes, mas direta. Os donos dos meios de comunicação são os mesmos donos do poder , logo a unilateralidade dos fatos conduzem a um tipo de verdade, a verdade das elites.
Abraços.

Bruno disse...

Além de controlarem os poderes, controlam nossa fonte de informação, nos induzindo a verdade que eles dizem estar certa.
Será que existe salvação?

Vozes da América disse...

Gostei muito da atitude de Hugo Chávez que, dentro da lei, fechou o golpista canal de televisão RCTV e não o fez quando este fora o veículo fundamental do golpe que Chávez sofrera. O canal foi fechado ao expirar o prazo de funcionamento e o presidente da república simplesmente não renovou. Achei até que ele foi muito complacente, pois por muito menos podemos fechar as CONCESSÕES PÚBLICAS que não atendem ao seus fins.

Bruno disse...

Verdade, mas você não acha, que se "colocassem" essas empresas "para baixo", isso não geraria desemprego, revoltas e etc?