segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Homenagem a militantes mortos

Para homenagear 14 militantes presos e executados pelo regime militar brasileiro (1964-1985), o grupo Tortura Nunca Mais inaugurou no último dia 11, no cemitério Ricardo de Albuquerque, na cidade do Rio de Janeiro, um memorial – o primeiro do país em homenagem a vítimas da Ditadura. Com a presença de integrantes de movimentos, famílias de vítimas e pessoas que lutaram contra o regime, os ativistas e suas lutas foram relembrados.
Os restos mortais dos 14 militantes foram encontrados em uma vala clandestina no cemitério Ri-cardo de Albuquerque junto com as ossadas de indigentes mortos durante a Ditadura. A descoberta deste material só foi possível pela iniciativa do grupo Tortura Nunca Mais com a ajuda de pesquisadores.
Em maio de 1991, o Grupo começou pesquisas no Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro com apoio do então vice-governador do Estado Nilo Batista. Após pesquisas no Instituto de Criminalística Carlos Éboli, na Santa Casa de Misericórdia e por meio de conversas com antigos coveiros, conseguiram a informação de que existia em Ricardo de Albuquerque uma vala clandestina que não constava em nenhum documento do cemitério.
Os 14 homenageados são: Almir Custódio de Lima, Getúlio D'Oliveira Cabral, José Bartolomeu Rodrigues de Souza, José Gomes Teixeira, José Raimundo da Costa, José Silton Pinheiro, Lourdes Maria Wanderly Pontes, Luis Guilhardini, Mário de Souza Prata, Merival Araújo, Ramires Maranhão do Vale, Ranúsia Alves Rodrigues, Vitorino Alves Moitinho e Wilton Ferreira.

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