sábado, 23 de março de 2013

Aldeia Maracanã: De Cabral a Cabral nada mudou



Foi num 22, mas de Abril de 1500, quando o navegante português Sérgio Cabral Filho chegou nestas terras. Trouxe na bagagem toneladas de aspiração ao lucro regadas de muita crueldade para satisfazer o interesse do Império que representava. Lacaio do grande capital foi financiado por um burguês muito assíduo da Coroa, Lúcifer Batistax, com quem mantinha relações abomináveis para os cofres públicos e que queria promover no Brasil um mega evento esportivo: a Copa do mundo de morte aos índios. Foi um evento maravilhoso. Milhares de mortos! Foram assassinados os Tupis, Tupinambás, os Caiçaras... E o legado deste evento sentimos até hoje, como o desprezo às populações indígenas, o desrespeito às suas culturas, o menosprezo por sua gente, os preconceitos sobre seus hábitos até a tentativa de apagar sua história.
Mas hoje, neste 22 só que de Março de 2013, faltando 30 dias para os exatos 513 anos, outro explorador destas terras, já desembarcado em segundo mandato - Pedro Álvares Cabral Filho -  desceu no Rio de janeiro à serviço do mesmo tipo de gente que há 5 séculos atrás: O grande capital nacional e internacional que têm interesses classistas em nossa terra e contra a nossa gente e a última e mais recente prova disto foi a ocupação da ALDEIA MARACANÃ, expulsando os poucos índios que ocupavam o antigo museu e que sonhavam em construir ali um centro cultural em memória de um povo banido desde o navegador português Sérgio Cabral e Lúcifer Batistax.
Triste fim o nosso. Um povo ora condenado pela sanha do lucro lusitano ora condenado pela sanha de lucro capitalista. Como disse num dia do século 19 o filósofo alemão Karl Marx: a história se repete, às vezes como tragédia, às vezes como farsa. Vivemos a tragédia ou a farsa? 


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