Os diários de campo publicados abaixo, foram frutos de uma pesquisa que fiz, junto com a equipe da Fundação Oswaldo Cruz - FIOCRUZ - em 1996 quando lá trabalhei na condição de pesquisador.
Naquela época, nos havia sido encomendado um trabalho que visava saber, pela ótica do usuário/paciente, qual o impacto do serviço público de saúde, se positivo ou se negativo para ele que, afinal de contas seria o maior beneficiado ou maior vítima das políticas públicas nesta área.
A observação no campo contou com uma equipe multidisciplinar, e a "observação participativa" foi o método que utilizamos. Varremos dois hospitais municipais: O Salgado Filho no Méier, portanto zona norte da cidade e o Miguel Couto na Gávea, zona sul.
Cobrimos todos os turnos - manhã, tarde, noite e madrugada - nos sete dias semanais, por vários meses. Atentos a tudo, tentávamos entrevistar pacientes desde que estivessem em mínimas condição de falar, além é claro, de todos os profissionais envolvidos na área de saúde.
O resultado pode ser conferido no formato dos "diários de campo" que foram publicados neste blog e as conclusões pertencem ao leitor. Mas lembre-se: Naquele ano de 1996 o prefeito era o mesmo César Maia de hoje, que tenta uma "reeleição" sob o nome de Solange Amaral, fiel escudeira do Imperador do Piranhão.
Na época deste trabalho o condidato de César Maia era o hoje seu desafeto Luiz Paulo Conde e a encomenda feita á Fiocruz visava dar números otimistas para alavancar a candidatura do fraquíssimo candidato, que para engrossar mais um triste capítulo da história recente do Rio de janeiro, fora eleito.
O discurso acadêmico burocrático e as teias que ligavam a Fiocruz à Prefeitura na época não permitiram que fosse publicado esses relatos que hoje exponho aqui no Vozes da América. Portanto, considero inéditas as publicações abaixo. Boa leitura!
Ouvir as vozes da América, continente que testemunhou mais de 500 anos de exploração. Deixem os gritos dos excluídos entrar em suas almas e verão que o sangue derramado em nossos campos não fertilizaram a terra, que a soberba dos imperialistas se camufla em guerras ou globalização, que nosso povo pagou com suas vidas o alto preço dos lucros. A literatura e história são as nossas armas e com elas, havemos de continuar resistindo, recriando a latinidade.
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