domingo, 27 de novembro de 2011

Da série “e se fosse em Cuba”?

Vejam o absurdo da matéria. No sábado, dia 19, o Ministério de Comunicações de Israel usou forças policiais para cortar as transmissões de uma estação de rádio em Jerusalém Oriental, a “Kol Hashalom” (“Tudo pela Paz”, em hebraico). O governo israelense resolveu fechar a emissora porque tem uma programação favorável à paz entre israelenses e palestinos. É claro que arrumaram uma desculpa logo divulgada pelos “jornalistas amestrados”. Dizem que a emissora foi fechada porque se tratava de uma “rádio pirata”. A emissora foi estabelecida por pacifistas israelenses em cooperação com palestinos, com a tentativa de substituir a lendária “The Voice of Peace” (A Voz da Paz), do ativista Abie Nathan. O deputado do partido conservador Likud Dany Danon disse que o Ministério de Comunicações fechou a emissora a seu pedido após alegar que a mesma “instigava” as pessoas contra Israel.
A pergunta é sempre a mesma: e se isto acontecesse em Cuba? E se o governo cubano fechasse uma estação de rádio? Certamente estaríamos vendo “protestos” em todo o mundo e nossos jornais estariam cheios de matérias sobre as maravilhas da “liberdade de imprensa”. Talvez a OTAN já estivesse programando uma “ajuda humanitária” com toneladas de bombas para serem lançadas sobre a Ilha. Mas foi o governo de Israel, um eterno aliado, então fazem questão de calar.

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