domingo, 27 de novembro de 2011

Israel e seus crimes impunes

Todas as casas do povoado beduíno de Deqeiqa, no sul de Hebron, receberam ordem militar de demolição, em um mais um exemplo da política de expulsão israelense na Cisjordânia ocupada. O povoado, situado nas empobrecidas e desérticas colinas do sul de Hebron, é lar de cerca de 400 pessoas que vivem da pecuária e não têm eletricidade, nem água corrente. Em janeiro, o exército israelense demoliu 17 estruturas, entre elas um sala de aula, precários estábulos e 12 casas, e agora outras 75 estruturas, a maioria casas, também correm o risco de serem derrubadas. A denúncia está sendo feita pela Alon Cohen, uma ONG israelense. Yariv Mohar, porta-voz dos Rabinos pelos Direitos Humanos, acredita que as auto-ridades israelenses “querem anexar o sul de Hebron para que passe a ser parte do Neguev, porque está muito perto da fronteira e tem poucos habitantes palestinos”. O argumento do Exército é que Deqeiqa, fora dos mapas israelenses, é um mero “agrupamento de casas” e que não pode se manter como comunidade.
Curiosamente, procurei em todos os jornais e sites da internet, mas não encontrei uma só denúncia contra Israel. Não foi realizada qualquer reunião na ONU sobre o tema e ninguém pediu a intervenção da OTAN para garantir “ajuda humanitária” na região. Nada! Apenas o silêncio cúmplice enquanto Israel comete suas barbaridades!

Ernesto Germano

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