domingo, 13 de maio de 2012

A França disse “não” à austeridade neoliberal.


 O discurso neoliberal de “austeridade”, justificando os cortes em direitos sociais e entrega da economia ao grande capital foi derrotado na França. A vitória de François Hollande por 51,70% contra 48,30% dos votos obtidos pelo “capacho” Sarkozy mostram que a ridícula versão xenófoba do liberalismo europeu recebeu a resposta que merecia.
Na noite de domingo, Paris viveu um festival de buzinaços. Gritos e cantos de alegria cobriram a Praça da Bastilha. “Sarkozy terminou”, “a França Forte é a França de Esquerda”, gritava à noite a numerosa juventude que se reuniu na sede parisiense do Partido Socialista, na rua Solferino. A grande maioria desses jovens só conheceu até hoje a ação política dos governos conservadores e a fulgurante agressividade de Nicolas Sarkozy. Agora estão diante de uma nova perspectiva: “a mudança começa agora”, disse o presidente eleito no primeiro discurso que pronunciou desde Tulle (na região de Corrèze, centro sul do país), cidade da qual foi prefeito.
O primeiro grande passo. A França vai retirar suas tropas do Afeganistão ainda em 2012. A informação, publicada na segunda-feira (07) pelo jornal britânico The Telegraph, foi feita por Manuel Valls, diretor de comunicação de François Hollande, recém-eleito presidente da França. Segundo o assessor, a “França vai anunciar a retirada de suas forças entre agora e o final do ano”. Oficialmente, o anúncio será feito durante encontro de cúpula da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) entre os dias 20 e 21 de maio, em Chicago.
A França tem cerca de 3.308 militares no país asiáticos, ocupado por forças de intervenção desde 2001. É o quinto maior contingente militar das Forças de Segurança de Assistência Internacional, a coalizão militar liderada pela OTAN. Para os comandantes militares da organização, uma saída repentina dos franceses poderá encorajar outros países relutantes em permanecer a fazerem o mesmo. Além de a ocupação ser extremamente impopular na Europa, essas retiradas resultariam em um significativo enxugamento orçamentário.

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