domingo, 24 de março de 2013

Enfim, a justiça vai acontecendo!



Na sexta-feira (15), em uma solenidade na Faculdade de Geociências da USP (Universidade de São Paulo), aconteceu o ato oficial de anistia a Alexandre Vannuchi Leme, assassinado pela ditadura militar em 1973. O governo federal, através da Comissão da Anistia, reconheceu sua responsabilidade pela morte do jovem e pediu desculpas à família. A ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse sentir-se envergonhada com as atrocidades cometidas pelo Estado durante o período da ditadura, “mas que numa sociedade democrática o Estado tem o dever de reconhecer que foi o responsável pelas mortes, torturas e assassinatos cruéis, ceifando vidas e acabando com famílias. Para ela, “se estamos vivendo o período mais longo da democracia, isso se deve a figuras como Alexandre Vannuchi, Vladimir Herzog e tantos outros que ousaram lutar e deram suas vidas por um ideal.”
Na mesma solenidade, a esposa, o filho e o neto de Vladimir Herzog receberam pelas mãos de Rosa Cardoso, integrante da Comissão Nacional da Verdade, o novo atestado de óbito do jornalista. A retificação foi acatada pela Justiça depois de pedido feito pela Comissão Nacional da Verdade. O novo documento rechaça a versão dos torturadores de ‘suicídio’. Constava no laudo da época assinado pelo legista Harry Shibata que Vlado, como era conhecido o jornalista, havia morrido "por asfixia mecânica". A versão oficial agora consta que Vladimir Herzog foi assassinado em decorrência de lesões e maus tratos sofridos nas dependências do 2º Exército de SP, acabando de vez com a farsa montada pela ditadura.

Nenhum comentário: