Nesta última terça-feira, dia 30 de Outubro, a Assembléia Geral da ONU votou pela décima sexta vez contra o embargo econômico que fora imposto à Cuba desde 1959!!!
Dos 192 países membros desta organização, apenas 4 votaram a favor da manutenção desta brutalidade: Os EUA por razões históricas e visceráis. Israel por ser o fiel cão de guerra no Oriente, lacaio dos interesses estadunidenses para assuntos de morte aos palestinos; As Ilhas Marshall e Palau, por razões tão desconhecidas quanto as suas localizações no mapa político munidal.
O que se sabe é que o Império do Norte se gaba mundo a fora, através dos mais diversos meios ideológicos, de ser a "maior democracia" do planeta e quando a máscara cai... vemos a farsa da democracia descortinando a espécie ditatorial travestida de liberdade. Mais um papelão do Tio Sam e seus capachos.
Para os meios de comunicação conservadores do Brasil ficam umas perguntinhas: Quem é o ditador, Fidel ou Bush? Onde temos uma ditadura, em Cuba ou nos EUA? Quando a imprensa burguesa vai tratar o terrível embargo econômico à Cuba como crime contra a humanidade, uma vez que desde 1959 todos os países que fazem comércio com os EUA estão proibidos de comercializarem com Cuba?
E o descalábrio parece não ter fim. Bu$h classificou Cuba como "Gulag tropical"!!?? Para quem não sabe, Gulag era uma prisão para trabalhos forçados na Sibéria, nos sombrios tempos de Stálin na URSS, onde o tirano disfaçado de líder mundial do comunismo, mantinha presos políticos até a morte, inclusive os comunistas anti-stalinistas. Pois é, em Cuba há um Gulag, mas não é cubano!!!
A base militar dos EUA em Guantánamo é um presídio onde centenas de presos políticos já passaram e morreram por lá. Hoje, repleto de árabes que ousaram lutar contra a invasão dos EUA no Oriente Médio. Guantánamo fere todos os preceitos de direitos humanos e convenções militares de guerra, mas curiosamente, ninguém dá àquele inferno o tratamento e os adjetivos que merece. Qual seria a razão? Perguntaria, já sabendo a resposta, qualquer pessoa dotada de um mínimo de senso crítico e humanitário.
Falar de democracia é fácil; ser o senhor da guerra é fácil; invadir o Oriente Médio armando covardemente Israel para os seus interesses é fácil; vender a imagem de país referência do mundo com essa imprensa vendida aos seus caprichos é fácil; crescer economicamente as custas de duas guerras mundiais, uma guerra fria, e mais dezenas de outras guerras continentais para aquecer o mercado de armas e a indústria bélica é fácil; difícil, pequeno Bu$h, é conviver com uma proibição comercial-econômica desde 1959 e ainda ser espelho para o mundo quanto educação, saúde e independência, provando que um outro mundo é possível, sem dominadores e dominados. Isto talvez vocês não entendam nunca.
Ouvir as vozes da América, continente que testemunhou mais de 500 anos de exploração. Deixem os gritos dos excluídos entrar em suas almas e verão que o sangue derramado em nossos campos não fertilizaram a terra, que a soberba dos imperialistas se camufla em guerras ou globalização, que nosso povo pagou com suas vidas o alto preço dos lucros. A literatura e história são as nossas armas e com elas, havemos de continuar resistindo, recriando a latinidade.
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