Sem mais delongas
Não dá mais para adiar: o Brasil precisa enfrentar e desmontar
o oligopólio da mídia. Já está claro, para boa parte da sociedade,
que o aperfeiçoamento e o funcionamento da democracia
– mesmo nos marcos do capitalismo – pressupõem a democratização da comunicação social.
O modelo vigente de concessões da radiodifusão possibilita a
concentração de emissoras de rádio e TV nas mãos de alguns poucos grupos empresariais, os quais controlam a informação, restringem a liberdade de expressão, influenciam decisivamente na vida cultural, política e social do povo brasileiro. Mais do que isso: o atual sistema burla a vontade popular expressa na Constituição de 1988 e representa uma ameaça efetiva para a diversidade cultural e política.
A sociedade brasileira é testemunha do partidarismo e da manipulação dos meios nas eleições. Não faz o menor sentido que
o serviço público de radiodifusão, operado mediante concessão,
seja utilizado por interesses particulares para favorecer partidos
e candidatos do agrado dos grupos econômicos, religiosos e políticos.Está na hora do Brasil aperfeiçoar os critérios de controle
social da mídia.
A sociedade é testemunha, também, do uso dos meios para criminalizar os movimentos sociais, as populações negras, faveladas e pobres em geral. Há muito tempo que a grande mídia tem sido conivente com as violências do Estado contra os segmentos populares, ao mesmo tempo em que sonega e omite informações e fatos relevantes para o desenvolvimento nacional.
A edição especial da Caros Amigos fornece aos leitores
uma coletânea de reportagens e artigos sobre a atual situação
da comunicação, aponta os grandes nós e desafios, compara com
as saídas construídas em outros países e mostra as várias alternativas e frentes de luta para melhorar, aperfeiçoar e – principalmente – democratizar o sistema de comunicação no Brasil.
Esperamos, com isso, contribuir para a reflexão e o debate.
A edição especial está nas bancas! Vá em frente!
Ouvir as vozes da América, continente que testemunhou mais de 500 anos de exploração. Deixem os gritos dos excluídos entrar em suas almas e verão que o sangue derramado em nossos campos não fertilizaram a terra, que a soberba dos imperialistas se camufla em guerras ou globalização, que nosso povo pagou com suas vidas o alto preço dos lucros. A literatura e história são as nossas armas e com elas, havemos de continuar resistindo, recriando a latinidade.
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