domingo, 20 de novembro de 2011

Isto sim é Cuba!

Segundo nossos jornais e comentaristas muito bem pagos, Cuba é um país miserável, seu povo vive com fome e mendigando pelas ruas, as cidades são velhas e sujas, nada presta e o povo está cansado do regime. É isto que lemos diariamente em jornais e revistas, não é? Mas não é o que podemos ver ao consultar o mapa do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU divulgado recentemente. Cuba está em 51º lugar entre os 187 países pesquisados e muito na frente se consideradas apenas as questões soci-ais.
O que coloca Cuba em 51º lugar e no segundo grupo é o baixo rendimento bruto per capita de sua população, que, ao contrário do que pensam ou querem que pensemos os analistas neoliberais, não significa necessariamente uma qualidade de vida muito menor. Em Cuba a renda é mesmo muito baixa, quase a metade da brasileira, mas com pouca diferença entre o mais baixo e o mais alto rendimento. Há um sistema de subsídios à alimentação, ao transporte e à cultura, e a saúde e a educação são gratuitas em todos os níveis, do curativo à quimioterapia, da creche ao doutorado. O “IDH de não rendimento” de Cuba (ou seja, o IDH sem o indicador de renda) é de 0,904, o que coloca o país em 25º lugar, ultrapassando 26 países que tem o IDH maior por causa da renda. O maior IDH de não rendimento é o da Austrália (0,975), seguido de Nova Zelândia, Noruega, Coreia do Sul, Holanda e Canadá. Os Estados Unidos estão em 13º lugar (0,931). Cuba está na frente, dentre outros, do Reino Unido, da Grécia, de Portugal, de Israel e dos riquíssimos Emirados Árabes Unidos, Brunei e Qatar, sendo que esse último que tem rendimento bruto per capita 20 vezes maior do que a de Cuba.
No item “esperança de vida”, Cuba desmascara os “doutores analistas”. Vejamos: Noruega – 81,1 anos; Austrália – 81,9 anos; Holanda – 80,7 anos; EUA – 78,5 anos; Nova Zelândia – 80,7 anos; Canadá – 81,2 anos; Cuba – 79,1 anos.


Ernesto Germano

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