No
final da semana passada, a revista Forbes
surpreendeu muita gente no sul da Flórida ao afirmar que a qualidade de vida em
três cidades do estado é a pior em todos os EUA. E em primeiro lugar aparece
Miami, a cidade emblema, chamada de “Porta das Américas” pela publicidade turística,
ou o “Eldorado”, segundo a propaganda política. Seguem-se Fort Lauderdale e
West Palm Beach, onde a nata dos milionários estadunidenses possui suas casas
de verão. Exatamente Miami, residência oficial de terroristas fugitivos e
golpistas de todo o mundo!
Segundo a revista, a crise imobiliária, o alto custo de
vida, a taxa de criminalidade, a corrupção política, a falta de serviços
sociais e a pouca atenção de qualidade dos hospitais públicos, são as
principais razões para considerar o sul da Flórida como um inferno para viver.
A situação é tão ruim que a Forbes
não consegue deixar de chamar a atenção para o fato de que, em termos globais,
o caso de Miami é ainda mais dramático que o de Detroit, considerada a cidade
dos Estados Unidos com o maior número de homicídios e assaltos.
E os pobres, incluindo a classe média, vivem seus
piores momentos. Além da desvalorização de suas casas, o desemprego atingiu
níveis galopantes (13%, maior que a média nacional de 10%), os serviços sociais
foram recortados, as ajudas aos idosos praticamente desapareceram e, acima de
tudo, os programas de auxilio à recolocação dos imigrantes já não existem. Até
as bibliotecas, um lugar onde mais de 50% dos leitores habituais de Miami
acodem para poder consultar a internet e ler, dado os altos preços dos livros,
estão sendo fechadas ante a falta de fundos públicos para mantê-las abertas.
Os jornais locais raramente falam dos problemas
sociais. A crise local é sempre abordada de um ponto de vista financeiro e não
social. Durante os anos 1990, a organização de direitos humanos America’s Watch, considerou
Miami como a pior cidade dos Estados Unidos em matéria de liberdade de
expressão.
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