segunda-feira, 4 de junho de 2012

Negada anistia ao covarde traidor.


 Por decisão unânime da Comissão de Anistia, José Anselmo dos Santos, constará nas páginas da história do Brasil como um agente infiltrado que contribuiu para a prisão, tortura e morte de mais de uma centena de militantes contrários à ditadura, entre eles sua companheira, a paraguaia Soledad Barret Viedma , grávida de sete meses de um filho dele. E não como um anistiado político, digno do perdão do Estado brasileiro e merecedor de reparação da ordem de R$ 100 mil, como ele requer, desde 2003.

A Comissão da Anistia negou provimento ao seu pleito, no mais emblemático julgamento já realizado nos seus dez anos de trabalho. Em parecer histórico, o relator do processo, o ex-ministro dos Direitos Humanos Nilmário Miranda, destacou que, conforme a Constituição de 1988, a anistia só pode ser concedida aos perseguidos pelo regime, categoria em que Anselmo não se enquadra, por se tratar delator confesso que contribuiu com a prisão de 100 a 200 companheiros, muitos deles assinados nos porões da ditadura. A matéria é de Najla Passos, em Carta Maior.

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