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Assembleia do Povo (câmara baixa) do Parlamento egípcio pediu nesta
segunda-feira (12) que o governo de seu país “revise todas suas relações e
convênios” com Israel, classificado como o “inimigo número um” do Egito e do
mundo árabe. Os parlamentares aprovaram uma dura resolução elaborada pela
comissão de Assuntos Árabes que também determina a expulsão do embaixador israelense
no Cairo e a retirada da delegação egípcia em Israel.
Em nenhum ponto o documento se refere a Israel por seu
nome, mas sim como “entidade sionista”. O Parlamento egípcio é composto por uma
ampla maioria de partidos islâmicos. “O Egito da revolução nunca será
amigo, sócio e aliado da entidade sionista, que consideramos como o inimigo
número um do Egito”, afirma o texto. O motivo apontado pelos deputados para
aprovar a resolução são os recentes bombardeios do exército israelense sobre
Gaza, que já causaram a morte de 23 pessoas e deixaram mais de 70
feridos. “Estes crimes brutais procedem em primeiro lugar da natureza
hostil da entidade colonialista, que retirou um povo de sua terra para
estabelecer seu estado racista”, afirmam os deputados.
• III Flotilha da Liberdade. Ativistas de vários países realizaram uma reunião no
último final de semana para dar início à organização de uma nova Flotilha da
Liberdade, a terceira, para romper o bloqueio marítimo imposto por Israel à
Faixa de Gaza. Mas os organizadores dizem que agora usarão outras táticas para
dificultar a interceptação por parte da marinha israelense.
No ano passado, quando tentavam levar ajuda humanitária
para os palestinos na Faixa de Gaza, os barcos foram facilmente seqüestrados em
um porto da Grécia e os únicos três que conseguiram partir foram facilmente
interceptados. Os organizadores da III Flotilha estão pensando em novas táticas
para dificultar a ação de Israel.
Ernesto Germano
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