segunda-feira, 19 de março de 2012

Egito pode romper relações com Israel.


 A Assembleia do Povo (câmara baixa) do Parlamento egípcio pediu nesta segunda-feira (12) que o governo de seu país “revise todas suas relações e convênios” com Israel, classificado como o “inimigo número um” do Egito e do mundo árabe. Os parlamentares aprovaram uma dura resolução elaborada pela comissão de Assuntos Árabes que também determina a expulsão do embaixador israelense no Cairo e a retirada da delegação egípcia em Israel.
Em nenhum ponto o documento se refere a Israel por seu nome, mas sim como “entidade sionista”. O Parlamento egípcio é composto por uma ampla maioria de partidos islâmicos. “O Egito da revolução nunca será amigo, sócio e aliado da entidade sionista, que consideramos como o inimigo número um do Egito”, afirma o texto. O motivo apontado pelos deputados para aprovar a resolução são os recentes bombardeios do exército israelense sobre Gaza, que já causaram a morte de 23 pessoas e deixaram mais de 70 feridos. “Estes crimes brutais procedem em primeiro lugar da natureza hostil da entidade colonialista, que retirou um povo de sua terra para estabelecer seu estado racista”, afirmam os deputados.
III Flotilha da Liberdade. Ativistas de vários países realizaram uma reunião no último final de semana para dar início à organização de uma nova Flotilha da Liberdade, a terceira, para romper o bloqueio marítimo imposto por Israel à Faixa de Gaza. Mas os organizadores dizem que agora usarão outras táticas para dificultar a interceptação por parte da marinha israelense.
No ano passado, quando tentavam levar ajuda humanitária para os palestinos na Faixa de Gaza, os barcos foram facilmente seqüestrados em um porto da Grécia e os únicos três que conseguiram partir foram facilmente interceptados. Os organizadores da III Flotilha estão pensando em novas táticas para dificultar a ação de Israel.

Ernesto Germano

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