O
governo Obama está inaugurando uma nova “doutrina” em termos militares: alta
tecnologia somada à privatização da guerra. E o resultado está sendo visto no
mundo todo.
O desenvolvimento dos chamados “drones”, aviões não
tripulados capazes de realizar missões de espionagem e também de bombardear
alvos a longas distâncias é uma das faces dessa nova política. Pelo que sabemos,
já existem cerca de 700 modelos desses aviões, para diferentes tipos de
missões. Mais de 500 desses modelos são exclusivamente de uso militar e já são
vendidos para 25 países “amigos” dos EUA. O projeto e a construção dos “drones”
estão entregues a empresas privadas, com contratos diretos com o Pentágono.
A nova visão estadunidense, já chamada de “doutrina
Rumsfeld” defende uma redução dos gastos do governo com armamentos
tradicionais, mas fazer maior uso das novas tecnologias. Diz ele que é melhor
ter exércitos menores, mas apoiados pela mais alta tecnologia que se pode
alcançar. E defende o uso, cada vez maior, de empresas terceirizadas nas
guerras a serem travadas pelos EUA.
O uso dessas empresas já é uma realidade. No Iraque,
por exemplo, mais da metade das forças de ocupação já é formada por mercenários
contratados por empresas ditas “de segurança”. São eles que fazem o transporte
de material e cuidam da infraestrutura dos quartéis estadunidenses.
Ernesto Germano
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