Mas
antes devemos nos detalhar nas definições, separadamente, de cada termo acima.
A
POLÍCIA MILITAR: (parte 2)
A
Polícia Militar, ou simplesmente PM, está aí, como eles mesmos gostam de
apregoar, para “servir e proteger”. E nada mais verdadeiro do que este slogan,
principalmente quando perguntamos “servir a quem”, e “proteger ‘o que e quem’
de quem”.
Mas
para responder estas perguntas simples, e para um melhor entendimento das
respostas, cabe retrocedermos um pouco na história deste país, até o tempo da hoje
acabada (?) escravidão, nos tempos do Brasil Colônia e Brasil Império.
Naquela
época, pipocavam as revoluções pelo mundo, principalmente nas Américas onde, no
Haiti, @s Negr@s simplesmente acabaram com @s branc@s, fazendo da antiga ilha La Española a primeira República
Negra das Américas.
E
no Brasil não faltavam exemplos de revoltas, como Cabanos, Malês, dentre
outras, e os inúmeros Quilombos formados por Negr@s que conseguiam se libertar
do cativeiro, dentre os quais o mais famoso foi o Quilombo dos Palmares.
Para
controlar estes Negr@s escravizad@s, assim como capturar Negr@s fugid@s, surge
a figura do Capitão do Mato. Sujeito “mestiço” (negro), sua função social o
coloca como superior aos seus “irmãos”, a quem não hesita em capturar, subjugar
e punir por suas supostas faltas ao “senhor de escravos”. E cada fazendeiro
passa a ter seu próprio bando (ou quadrilha) de jagunços, comandado por um capitão
do mato.
Mais
tarde, uma vez que os fazendeiros começam a enxergar @ Negr@ como uma “ameaça” à
integridade nacional branca, visto serem a maioria da população e, pior ainda,
estarem cada vez “mais abusados, vai que queiram fazer uma revolução...”, estes
fazendeiros vêem nos capitães do mato uma proteção contra a “ameaça negra”, e
convencem D. João VI (patrono da Polícia Militar) a transformar estes
diferentes bandos, nas diferentes fazendas, em “Guarda Nacional”, uma vez que
estes jagunços protegem a nação brasileira contra esta “ameaça negra”.
E cada fazendeiro,
como chefe desta “guarda”, recebe o título de “Coronel”, título este hereditário.
Seu filho, o “coronelzinho”, herdará, com a morte do pai, a fazenda, seus
empregados e escravos, e também o comando desta “Guarda”.
Mais
tarde ainda, D. Pedro resolve “unificar” esta “Guarda Nacional”, e lhe dá o
nome de Polícia Militar.
Daí
nada mais certo do que um antigo governador do Estado do Rio que, ao
“reformular” a polícia, utilizou o nome “nova polícia”. Se verificarmos a
atuação dela neste período, em nada diferente de toda a sua história, só
podemos completar o slogan: “nova polícia, antigos ideais”, pois combater @s
Negr@s e suas diferentes formas de organização continuou, até hoje, a ser a
principal função desta corporação.
Apenas
como ilustração, convém ver a cartilha com a qual ensinavam (passado?) seus
subordinados a reconhecerem o traficante (negro) e o consumidor de drogas
(branco), fato denunciado em 23 de setembro de 2008.
J.J.
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